Prefeito eleito no Rio, Eduardo Paes (DEM) - Luciano Belford/Agencia O Dia
Prefeito eleito no Rio, Eduardo Paes (DEM)Luciano Belford/Agencia O Dia
Por Bruno Gentile*
Rio - O prefeito eleito Eduardo Paes (DEM), terá muitos desafios na tentativa de resolver os principais problemas do município durante seu mandato. Em entrevista ao RJ1, da TV Globo, o futuro governante, que assume o cargo em janeiro de 2021, explicou os planos para melhorar alguns setores da cidade, sempre muito criticados pela precariedade e má qualidade de serviço. Para a Educação, por exemplo, Paes revelou estar com um projeto de fazer "2 anos em 1" nas escolas, para evitar que as crianças e jovens percam mais tempo sem aulas.
"A gente tem um déficit hoje de cerca de 2500 professores, o que faz com as salas estejam sempre lotadas. Precisamos melhorar essa questão e o foco é fazer 2 anos em 1 no setor. Temos que nos empenhar para que o ano não se torne perdido. Para isso, trabalharemos com reforço escolar, tecnologias e maior acesso à Internet para nossas crianças, que necessitam de conectividade e condições mínimas", enfatizou.
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Ações de combate à pandemia serão prioridades
Questionado sobre quais serão suas ações de combate à pandemia da covid-19, que tem provocado aumento no número de infecções e mortes nos últimos dias no Rio, o novo prefeito deixou claro que sua prioridade nos quatro anos será a área da Saúde, destacando a necessidade de reabertura de leitos em hospitais para atender um maior número de pessoas.
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"A gente precisa que a rede de saúde tenha leitos disponíveis para todos que precisarem se socorrer. O que é inaceitável é ter uma cidade com 1500 quartos de hospital inutilizados sem estar funcionando. Cito aqui, como exemplo, o Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, que possui 100 deles fechados e que podem entrar em operação novamente. Por isso, já conversei com o presidente Jair Bolsonaro e avisei que vamos trabalhar em parceria, porque temos a necessidade de melhorar esse quadro no Rio".
Sobre o relacionamento com Bolsonaro, Paes afirmou que os laços serão os mais próximos possíveis, já que o papel do prefeito é fazer o que for melhor para sua cidade. Segundo ele, é essencial dialogar com os demais níveis de governo e parar com as brigas, divisões, preconceitos e desavenças entre os governantes.
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Políticas efetivas para diminuir o desemprego
Um dos fatores que mais preocupa a população do Rio é o desemprego. De acordo com Paes, são dois aspectos que prejudicam uma maior oferta de trabalho ao povo carioca: a imagem estigmatizada do município e a falta de capacidade em atrair empresas, o que gera menos vagas e possibilidades de renda. Ele fez questão de destacar que a cidade, a partir do momento em que assumir o cargo, estará aberta à chegada de novos negócios.
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"Precisamos ter políticas públicas efetivas que atraiam setores da economia a vir para cá. Isso é fundamental. Em paralelo a isso, assumimos o compromisso de criar frentes de trabalho nas comunidades do Rio, que já apresentam uma série de programas e ações que fomentam a criação de empregos. Temos que elaborar mais, fortalecer esses projetos", explicou.
Pedágio da Linha Amarela pode continuar
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Outro aspecto que incomoda muitas pessoas no Rio é alto preço do pedágio da Linha Amarela, controlada pela Lamsa. Durante a entrevista, Eduardo Paes deu a entender que a cobrança pode continuar sendo feita, mas com um certo ajuste no valor, dependendo dos estudos realizados pela sua equipe de governo.
"Parece que o prefeito Marcelo Crivella tinha um estudo na sua gestão, dizendo ser possível fazer o pedágio em apenas um sentido das vias, a R$ 4,50 ou algo parecido. Se isso for verdade e houver viabilidade financeira, pode ser que o pedágio siga, talvez com um preço mais baixo. Estou falando aqui o que disse na campanha. Mas vamos avaliar melhor essa questão", falou.
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Mulheres no governo
Após se pronunciar sobre as principais medidas de governo para a cidade do Rio, Paes destacou que, em seu mandato, haverá a presença de mulheres no corpo de sua equipe e enfatizou o repúdio pelo preconceito a qualquer tipo de gênero, raça, e sexo.
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"Pessoas de todas as crenças, credo, cor ou orientação sexual, todos podem comemorar hoje porque, a partir de janeiro, o Rio voltará a ter um prefeitura aberta aos cariocas. Chega de preconceito aqui, acabou essa história", finalizou.
*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes