Suspeitos de executarem o contraventor Fernando Iggnácio aparecem em imagem coletada pela DHReprodução Tv Globo
Por O Dia
Publicado 23/11/2020 09:29
Rio - A Polícia Civil já identificou e pediu a prisão de mais dois integrantes do bando que executou o contraventor Fernando Iggnácio, em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, no ultimo dia 10 de novembro. Nas análises das imagens coletadas a Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pelas investigações, identificou dois homens que fazem parte da milícia e de um grupo de extermínio que atua na Zona Oeste.
Os dois identificados são eles o ex-PM Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, o Pedrinho, e Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa. Eles aparecem ao lado do policial militar Rodrigo da Silva das Neves. Um quarto suspeito que também aparece na imagem ainda não foi identificado. O vídeo em que aparecem os quatro suspeitos foi divulgado com exclusividade pelo Fantástico, neste domingo (22). 
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Na última sexta-feira (20) a polícia apreendeu um carro que pode ter sido usado no planejamento da morte do contraventor. O Corolla foi encontrado na Rua João Melo, próximo ao Condomínio Vera Cruz, mesmo condomínio que Rodrigo morava com a namorada. O veículo estava com a placa clonada. 
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Um segundo veículo, um Fox branco, que também foi usado pelo bando ainda está desaparecido. O veículo também usava placa clonada. 
De acordo com a polícia, os assassinos chegaram ao local quatro horas antes do crime. Através das imagens de segurança a polícia descobriu que o grupo usou o mesmo carro para ir até o local do crime dias antes. 
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O PM Rodrigo das Neves ainda está foragido. A Polícia Militar disse que ele ainda não se entregou em nenhum batalhão da corporação. A PM segue acompanhando as investigações da Polícia Civil. 
No dia do crime, Fernando Iggnácio, que era genro do contraventor Castor de Andrade, estava acompanhando da esposa. Os dois vinham de uma viagem a Angra dos Reis, onde a família tem uma casa. Segundo a DH, o contraventor foi atingido por pelo manos quatro disparos de fuzil. Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio ainda desembarcou do helicóptero, mas conseguiu retornar ao ouvir os tiros.   
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Dias depois do crime a polícia encontrou quatro fuzis na casa da namorada de PM Rodrigo. Dois deles, segundo confrontos balísticos, foram usados na execução do bicheiro. 
ARMÁRIO ESTAVA VAZIO
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Segundo a Polícia Militar, o armário usado pelo policial Rodrigo das Neves foi esvaziado no último plantão dado por ele no no 5º BPM (Praça da Harmonia), no dia 15 de novembro. A informação foi da porta voz da cooperação, a coronel Gabryela Dantas. "O armário estava aberto e vazio", revelou. 
De acordo com a porta voz, o policial tem histórico de mau comportamento, com faltas e atrasos nos plantões. Segundo a oficial, ele seria excluído da corporação após entrar no Conselho de Revisão Disciplinar, pelas atitudes negativas.
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VIDA NO CRIME

De acordo com o Ministério Público e a Polícia Civil, o ex-soldado da PM Pedro Emanuel e seu comparsa Ygor Farofa tinham uma ficha criminal extensa e já vinham sendo investigados por outros crimes.

Pedrinho é acusado de matar, em abril de 2015, o taxista Carlos Paredes Dias. O crime ocorreu após is dois se desentenderem em uma boate em Realengo.

Ygor Farofa é investigado por fazer parte de um grupo de matadores profissionais. Ele também é suspeito de integrar grupos paramilitares.

Ele é suspeito de ter participado da execução de um rapaz, em novembro do ano passado, na Praça da Cohab, em Realengo. Na ocasião, os tiros atingiram a pequena Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, que também morreu.
Conforme divulgado pela TV Globo, Pedrinho e Farofa são amigos. Assim como o PM Rodrigo das Neves, os dois frequentavam a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel.