Polícia cumpre mandados de prisão contra grupo responsável por furto de combustível  - Reginaldo Pimenta / Arquivo
Polícia cumpre mandados de prisão contra grupo responsável por furto de combustível Reginaldo Pimenta / Arquivo
Por Anderson Justino
Rio - Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MP-RJ), realizada na manhã desta sexta-feira (4), em pelo menos cinco estados, prendeu sete pessoas que fazem parte de uma quadrilha que gerou um prejuízo de cerca de R$ 25 milhões para a Petrobras, com furto de combustível de dutos da Transpetro e da Petrobras. Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva.

Os agentes atuaram simultaneamente no Rio de Janeiro; São Paulo; Minas Gerais, Espírito Santo e também no Paraná.

De acordo com o delegado Felipe Curi, subsecretário Operacional da Polícia Civil, entre os presos estão Ubiraci Menezes de Jesus, apontado como uma das lideranças do bando, preso no Rio, e o empresário Walmir Aparecido Marin, sócio-administrador da empresa de resíduos WA Márin, sediada na cidade de Rolândia, preso no Paraná.

Nas cidades do interior do Rio, Quissamã e Carapebus, a investigações apontam que o grupo foi responsável por 12 perfurações somente este ano.

“Nesses meses de investigações, que ocorre em conjunto com o Gaeco, a gente conseguiu identificar toda a cadeia criminosa. Identificamos desde as lideranças, as pessoas responsáveis pelas perfurações e quem fazia o transporte do combustível até o Paraná. Lá, ficava num galpão cerca de 80% desse combustível furtado”, disse o delegado Felipe Curi.

Além do prejuízo financeiro, os criminosos causavam danos ambientais.

NOTAS FISCAIS FALSAS

Segundo as investigações, o bando usava notas fiscais falsas para transportar o petróleo furtado do Rio para o Paraná. Ao passar pelas barreiras policiais, eles apresentavam os documentos e conseguiam seguir viagem.

Em um depósito no estado do sul do país, os agentes encontraram dois tanques de combustível e um caminhão carregado de petróleo.

DESDOBRAMENTO

A ação é um desdobramento da Operação Sete Capitães, realizada em novembro do ano passado, que terminou com a prisão de seis integrantes da organização criminosa, incluindo um policial militar e dois vigilantes da empresa terceirizada de segurança patrimonial contratada pela Transpetro para inspecionar os dutos por onde os combustíveis são transportados.

PRISÕES EM OUTUBRO

Em outubro deste ano, a Polícia Civil prendeu seis suspeitos de integrar uma quadrilha especializada nesse tipo de furto. O grupo foi preso na Baixada Fluminense. Na ocasião, as investigações apontaram que o prejuízo com os roubos chegou a R$ 1 milhão e o grupo atuava em Japeri.

No momento da prisão, um homem invadiu a residência dos vizinhos e fez uma família refém. Após negociação, ele se entregou para os agentes a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados.