PF apreendeu R$ 168.100 em residência de um dos assessores do alvo principal da Operação Talha  - Divulgação
PF apreendeu R$ 168.100 em residência de um dos assessores do alvo principal da Operação Talha Divulgação
Por O Dia
Rio - Agentes da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), realizam uma operação, na manhã desta quarta-feira, contra o desvio de recursos públicos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
A Operação Talha tem como objetivo cumprir oito mandados de busca e apreensão, em residências e escritórios no Rio de Janeiro e Brasília, no Distrito Federal. O ex-deputado federal Francisco Floriano (DEM) é o principal alvo da ação. 
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Até o momento, de acordo com PF, houve a apreensão de R$ 168.100 na residência de um dos assessores do alvo principal da operação em Brasília.
Segundo a PF e o MPF, a ação desta quarta-feira teve início a partir de informações obtidas na Operação Fatura Exposta, em 2017, que indicavam a atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos destinados a unidades de saúde do Estado do Rio.

De acordo com as investigações, foram encontrados fortes indícios da atuação do ex-parlamentar federal na nomeação de diretores do Into e na influência direta em questões administrativas do hospital e até mesmo na marcação de exames e cirurgias de pessoas de seu interesse.

Ainda segundo as instituições, o ex-deputado é suspeito de exigir vantagens ilícitas a pretexto de conseguir a liberação de recursos de emendas parlamentares para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, recursos que eram posteriormente desviados pela organização criminosa desarticulada nas operações da PF Fatura Exposta e Ressonância.
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Francisco Floriano foi eleito em 2014 pelo Partido Republicano (PR). Em 2016, no entanto, ele mudou de partido e foi para o Democratas (DEM). O ex-deputado federal tentou reeleição em 2018, mas não conseguiu. Procurada, a defesa do ex-parlamentar ainda não comentou sobre a operação. 
De acordo com a PF, os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção passiva.

O nome dado a operação remete à história, ao período do feudalismo, já que talha era um tributo medieval pago pela exploração de propriedade senhorial, que consistia na entrega ao senhor feudal de uma parte dos produtos cultivados nos seus terrenos.