Rebeca e Emily, mortas enquanto brincavam ao lado das mães - reprodução
Rebeca e Emily, mortas enquanto brincavam ao lado das mãesreprodução
Por O Dia
Em uma postagem no Facebook, Rodrigo Mondego, advogado das famílias das meninas Emily e Rebecca, mortas na porta de casa em Duque de Caxias, desmentiu informações falsas divulgadas por um policial militar. Segundo o advogado, o vídeo gravado pelo PM dentro de uma viatura seria uma tentativa de legitimizar a ação ou eximir os responsáveis de culpa" e que, para isso, resolveu "associar os familiares ao tráfico de drogas", já que "ficaria difícil associar duas meninas de 4 e 7 anos".
No vídeo, o PM diz que o laudo da perícia confirmaria que o tiro não partiu dos policiais, e sim dos bandidos. Em resposta, Rodrigo Mondego escreveu: "Tal informação é MENTIRA, tendo em vista que o laudo é INCONCLUSIVO e apenas diz que a bala tem a possibilidade de ser de um fuzil 762 (arma usada por 3 dos 5 policiais que estavam na ocorrência)."
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O advogado ainda afirmou que o responsável pelo vídeo seria mal intencionado ou que não sabe ler. E continuou: "Esse PM também ataca a família das meninas tentando a associar ao tráfico de drogas da região e por isso teria acusado os policiais".
Por fim, Mondego também garantiu que serão tomadas medidas contra o policial, chamado de "difusor de fakenews".
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O caso
As meninas Emily Victória Silva , de 4 anos, e Rebecca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, brincavam na porta de casa, ao lado das mães, quando, segundo moradores, PMs tentaram abordar duas pessoas que estavam em uma moto. Houve pelo menos três disparos. O caso ocorreu no início de dezembro, na comunidade do Barro Vermelho, no bairro Jardim Gramacho.
A análise feita na bala encontrada no corpo de Rebecca diz que o laudo é “inconclusivo". O resultado exclui a possibilidade de a bala ter saído de um fuzil com calibre 556. De acordo com o documento, o fragmento é compatível a um fuzil 762, mas não é possível afirmar o calibre da munição.
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Para a análise, seis fuzis da PM foram apreendidos: 4 de calibre 762 e dois de calibre 556. A Polícia Civil descobriu ainda que uma dar armas encaminhadas para a perícia não tinha sido utilizada pelos policiais na operação que resultou na morte das meninas.