“No livro, eles comentam sobre o que é o racismo, a importância do reconhecimento dos privilégios da branquitude, racismo estrutural, ações afirmativas, formas de combate do preconceito racial nas mídias, contribuições dos gêneros musicais na luta contra o racismo, a importância do conhecimento de locais que contam a história do povo negro e até mesmo expõem expressões racistas do nosso vocabulário que são ditas, muitas vezes sem perceber, mas que tem todo um significado preconceituoso por trás”, comenta Raiany.
“Sobre a inspiração para a produção do livro, não faltam motivos no nosso dia a dia. Desde notícias que vêm de outros países, como o assassinato de George Floyd, o homem negro morto por policiais brancos no estado de Minneapolis, nos Estados Unidos, que gerou o movimento Black lives matter (vidas negras importam), até situações bem próximas de nós como casos de prisões de negros como suspeitos em comunidades sem ao menos que se pergunte sobre o que fizeram, algo que dificilmente aconteceria com uma pessoa branca no calçadão de Copacabana, por exemplo”, comenta a professora Carina Batista.
Num dos trechos do livro, eles aconselham outras crianças:
Quando os racistas dizem:
- As pessoas negras são feias;
- Cabelo de preto é ruim;
- Os negros são inferiores;
- Não existe civilização na África;
- Não há negros importantes na história;
- Negro é bandido;
- Negro só serve para dançar.
Nós antirracistas respondemos:
- Black is beautiful;
- Cabelo afro é maravilindo;
- Não existem raças superiores;
- A África tem impérios antigos;
- A grande história dos negros têm sido invisibilizada;
- Os criminosos brancos não são punidos;
- As pessoas negras são boas em todas as artes.
O Manual Antirracista está disponível no site da Escola Oga Mitá através do link http://ogamita.com.br/joomla/15-escola/885-manual-antirracista-do-pipipa