Prefeito afastado, Marcelo Crivella foi preso no dia 21 e está em prisão domiciliar - Estefan Radovicz
Prefeito afastado, Marcelo Crivella foi preso no dia 21 e está em prisão domiciliarEstefan Radovicz
Por O Dia
Rio - Preso desde o dia 22 de dezembro, o prefeito afastado do Rio Marcelo Crivella pode ter o sigilo telefônico quebrado pela Justiça. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para três celulares, um tablet e um computador apreendidos no dia 23, antes de Crivella voltar para casa em prisão domiciliar.
Na justificativa do pedido, revelado pela 'Globonews', o MP diz que o prefeito afastado "tem atuado de forma a obstruir, sorrateiramente, o acesso a provas, inclusive por meio de expedientes maliciosos". Além disso, também foi anexado um vídeo de uma câmera de segurança da portaria do condomínio de Crivella para comprovar que ele se valeu de "informações privilegiadas, obtidas de forma criminosa" sobre a segunda fase da Operação Hades, em 10 de setembro.
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Naquele dia, antes de ser alvo de busca e apreensão, segundo o MP, Crivella passou a noite em um endereço desconhecido e retornou apenas de manhã, pouco antes dos policiais chegarem. Além disso, pouco tempo depois do início da operação, advogados do então prefeito chegaram a sua casa.
Também durante a operação, segundo os promotores, Crivella entregou um celular iPhone 7 que não era o seu pessoal, mas de um terceiro. Além disso, o aparelho estava desligado e o então prefeito se recusou a dar a senha na hora.
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QG da Propina
Marcelo Crivella foi preso no dia 22 em ação conjunta da Polícia Civil e do MP-RJ, em desdobramento das investigações sobre o chamado "QG da Propina". O esquema, descoberto a partir da delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, arrecadou mais de R$ 50 milhões durante os últimos anos.
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Segundo as investigações, Crivella seria o chefe do esquema, que era operado pelo empresário Rafael Alves, também preso na operação, assim como o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha Mauro Macedo, e os empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos