Publicado 08/12/2020 10:13 | Atualizado 08/12/2020 10:49
Rio - Dois milicianos que atuavam como braço financeiro do Escritório do Crime, grupo especializado em encomenda de assassinatos na Zona Oeste, se filiaram ao Psol logo após as eleições municipais de 2016, ano em que a vereadora Marielle Franco foi eleita como a quinta mais votada na Câmara Municipal do Rio, e em que o deputado federal Marcelo Freixo perdeu no segundo turno para Marcelo Crivella. A revelação é da revista Veja.
Laerte Silva de Lima foi preso na Operação Intocáveis 1, que tornou capitão Adriano foragido, em 22 de janeiro de 2019. Sua mulher, Erileide Barbosa da Rocha, a Lila, foi presa no desdobramento da mesma operação: a Intocáveis 2, que indiciou 45 milicianos em 30 de janeiro deste ano. Por ter uma filha de sete anos e por seus crimes não envolverem ameaças, porte ilegal de armas ou assassinatos, ela conseguiu prisão domiciliar em fevereiro.
Leia: Ato marca os mil dias do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
O casal de milicianos operava o braço financeiro do grupo que domina os bairros de Rio das Pedras, Muzema e adjacências. Laerte era de extrema confiança do capitão Adriano, segundo os investigadores. Erileide, por sua vez, fazia a gestão de cheques, notas promissórias e recibos do Escritório do Crime.
O casal de milicianos operava o braço financeiro do grupo que domina os bairros de Rio das Pedras, Muzema e adjacências. Laerte era de extrema confiança do capitão Adriano, segundo os investigadores. Erileide, por sua vez, fazia a gestão de cheques, notas promissórias e recibos do Escritório do Crime.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completa nesta terça-feira mil dias sem esclarecimentos sobre mandante. A principal hipótese é de que a motivação tenha sido uma vingança contra o Psol e contra Freixo, amigo pessoal da vereadora.
A informação sobre as filiações no Psol, recoloca o Escritório do Crime, cujo chefe era o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, morto pela polícia baiana em fevereiro deste ano, no caso Marielle Franco.
A adesão dos milicianos ao Psol ocorreram no dia 19 de novembro de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigadores apuram se o objetivo dos criminosos era se infiltrar no partido para avaliar a dinâmica da sigla e monitorar agendas, congressos e eventos.
A adesão dos milicianos ao Psol ocorreram no dia 19 de novembro de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigadores apuram se o objetivo dos criminosos era se infiltrar no partido para avaliar a dinâmica da sigla e monitorar agendas, congressos e eventos.
As filiações são investigadas desde meados do ano passado, quando a Delegacia de Homicídios da Capital era comandada por Daniel Rosa. O atual titular da especializada, Moysés Santana, afirmou à revista que avalia a quebra de sigilo telemático dos dois milicianos que se filiaram ao Psol, o que já foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio no âmbito das Operações Intocáveis 1 e 2.
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