Publicado 11/12/2020 19:13 | Atualizado 12/12/2020 14:37
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) não pretende negociar a compra de vacinas para a covid-19 diretamente com as empresas fabricantes. Segundo Alexandre Chieppe, médico da SES, o Estado do Rio espera receber as doses que serão enviadas pelo Ministério da Saúde, assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a aplicação em âmbito nacional de qualquer um dos imunizantes em processo de análise pelo órgão, que, até o início da noite desta sexta-feira, não havia recebido pedido de registro ou de uso emergencial por parte de qualquer fabricante. De acordo com Chieppe, o Rio não pretende estabelecer "uma guerra pela vacina" no país.
"Não queremos iniciar a vacina antes de outros estados. O SUS preconiza a imunização uniforme e equânime da população brasileira e essa é a diretriz que pretendemos seguir. Temos o maior programa de imunização do mundo e sempre seguimos as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa nos programas de vacinação, até mesmo em outras pandemias, como a da gripe suína. Desta vez, não será diferente", disse Chieppe, em entrevista a O DIA, sem citar prazos para que a população fluminense comece a ser vacinada:
"Primeiro, precisamos da aprovação da vacina pela Anvisa. Estamos acompanhando todo esse processo e, até esta sexta-feira, não temos o pedido de registro por parte de nenhum fabricante. Uma vez seja feito o pedido, acreditamos que não haja demora por parte da Anvisa para a aprovação ".
Porém, segundo o médico, a estratégia de contingência de imunização para a covid-19 do Estado do Rio tem um plano B caso haja qualquer intercorrência que dificulte a compra e distribuição de vacinas por parte do governo federal.
"O plano de contingência já prevê uma verba para o que o Estado do Rio negocie a compra da vacina diretamente com o fabricante, mas acreditamos que isso não será necessário, e que essa verba possa ser usada para ajudar os municípios na vacinação do maior número de pessoas no menor tempo possível", diz Chieppe.
LOCAIS DE VACINAÇÃO
De acordo com o médico, após o envio das doses pelo Ministério da Saúde, o estado irá distribuir as vacinas para os municípios, que serão os responsáveis pela vacinação da população, num prazo de três dias. O médico acrescenta que o estado pode ajudar de forma complementar, montando postos de vacinação em batalhões do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e estabelecendo parcerias com as Forças Armadas e a iniciativa privada, como shoppings e hospitais particulares:
"Podemos montar postos de vacinação em locais de grande circulação de pessoas, como na Central do Brasil e em áreas como os calçadões de Bangu e Campo Grande e em Madureira, por exemplo. Temos capacidade para vacinar dois terços da população fluminense em dois meses, prazo que pode ser encurtado dependendo da disponibilidade da vacina".
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
Sobre a logística de transporte das doses para os municípios, Chieppe afirma que a SES conta com veículos e caixas térmicas para o transporte das vacinas para as cidades, e estão em curso negociações para aluguéis de carros e recipientes térmicos caso haja necessidade de reforço. O médico explica que o governo estadual também espera receber agulhas e seringas do Ministério da Saúde, apesar de ter comprado oito milhões desses insumos, previstos para serem entregues na próxima semana.
Em termos de logística, explica Chieppe, a situação mais complicada se refere à hipótese de a vacina da Pfizer, que exige acondicionamento a -70°C, ser o imunizante aprovado e distribuído pelo governo federal.
"Neste caso da Pfizer, não existe logística pronta para essa distribuição. Caso ela seja utilizada, a vacinação terá que ser feita de forma centralizada numa fase inicial, até que a logística seja reorganizada. Não existe freezer a -70°C em todos os municípios".
Segundo o médico, não haverá prioridade para municípios na distribuição da vacina, mas sim para público-alvo, estratégia que também irá seguir o que for preconizado pelo Ministério da Saúde:
"Mais uma vez, seguiremos a orientação do governo federal. Há uma primeira fase definida, que engloba profissionais de saúde, população indígena, professores, caso seja entendido que as aulas presenciais devam ser retomadas, e pessoas acima de 60 anos e com comorbidades. A segunda etapa ainda não está definida".
"Não queremos iniciar a vacina antes de outros estados. O SUS preconiza a imunização uniforme e equânime da população brasileira e essa é a diretriz que pretendemos seguir. Temos o maior programa de imunização do mundo e sempre seguimos as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa nos programas de vacinação, até mesmo em outras pandemias, como a da gripe suína. Desta vez, não será diferente", disse Chieppe, em entrevista a O DIA, sem citar prazos para que a população fluminense comece a ser vacinada:
"Primeiro, precisamos da aprovação da vacina pela Anvisa. Estamos acompanhando todo esse processo e, até esta sexta-feira, não temos o pedido de registro por parte de nenhum fabricante. Uma vez seja feito o pedido, acreditamos que não haja demora por parte da Anvisa para a aprovação ".
Porém, segundo o médico, a estratégia de contingência de imunização para a covid-19 do Estado do Rio tem um plano B caso haja qualquer intercorrência que dificulte a compra e distribuição de vacinas por parte do governo federal.
"O plano de contingência já prevê uma verba para o que o Estado do Rio negocie a compra da vacina diretamente com o fabricante, mas acreditamos que isso não será necessário, e que essa verba possa ser usada para ajudar os municípios na vacinação do maior número de pessoas no menor tempo possível", diz Chieppe.
LOCAIS DE VACINAÇÃO
De acordo com o médico, após o envio das doses pelo Ministério da Saúde, o estado irá distribuir as vacinas para os municípios, que serão os responsáveis pela vacinação da população, num prazo de três dias. O médico acrescenta que o estado pode ajudar de forma complementar, montando postos de vacinação em batalhões do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e estabelecendo parcerias com as Forças Armadas e a iniciativa privada, como shoppings e hospitais particulares:
"Podemos montar postos de vacinação em locais de grande circulação de pessoas, como na Central do Brasil e em áreas como os calçadões de Bangu e Campo Grande e em Madureira, por exemplo. Temos capacidade para vacinar dois terços da população fluminense em dois meses, prazo que pode ser encurtado dependendo da disponibilidade da vacina".
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
Sobre a logística de transporte das doses para os municípios, Chieppe afirma que a SES conta com veículos e caixas térmicas para o transporte das vacinas para as cidades, e estão em curso negociações para aluguéis de carros e recipientes térmicos caso haja necessidade de reforço. O médico explica que o governo estadual também espera receber agulhas e seringas do Ministério da Saúde, apesar de ter comprado oito milhões desses insumos, previstos para serem entregues na próxima semana.
Em termos de logística, explica Chieppe, a situação mais complicada se refere à hipótese de a vacina da Pfizer, que exige acondicionamento a -70°C, ser o imunizante aprovado e distribuído pelo governo federal.
"Neste caso da Pfizer, não existe logística pronta para essa distribuição. Caso ela seja utilizada, a vacinação terá que ser feita de forma centralizada numa fase inicial, até que a logística seja reorganizada. Não existe freezer a -70°C em todos os municípios".
Segundo o médico, não haverá prioridade para municípios na distribuição da vacina, mas sim para público-alvo, estratégia que também irá seguir o que for preconizado pelo Ministério da Saúde:
"Mais uma vez, seguiremos a orientação do governo federal. Há uma primeira fase definida, que engloba profissionais de saúde, população indígena, professores, caso seja entendido que as aulas presenciais devam ser retomadas, e pessoas acima de 60 anos e com comorbidades. A segunda etapa ainda não está definida".
Leia mais
Comentários