Publicado 17/12/2020 19:32
Rio - Testemunha arrolada pela defesa no processo de impeachment contra Wilson Witzel, Luis Augusto Damasceno Melo foi ordenador de despesas da Secretaria Estadual de Saúde, a partir do dia 20 de maio e por uma semana. Ele classificou a secretaria como "problemática".
Segundo Damasceno, no período de uma semana que ocupou o cargo, percebeu uma intensa pressão para assinar ordens de pagamento e termos de ajustamento de conduta, mas disse que não lembra se os pagamentos foram para OSs, em específico à Unir Saúde.
"As pressões vinham do gabinete do Secretário Fernando Ferry, que assumiu depois de Edmar Santos. As pressões vinham do gabinete dele, mas ele nunca tratou diretamente comigo", disse Damasceno, que acrescentou: "Eu remetia esses documentos às áreas jurídicas e financeiras para me resguardar e só assinava após pareceres favoráveis".
Damasceno disse, ainda, que foi contratado na gestão de Edmar Santos e, oito dias depois, foi exonerado do cargo, em portaria de Fernando Ferry.
Helena Witzel
Na sequência ao depoimento de Luis Augusto Damasceno, o presidente do TJRJ, Cláudio de Mello Tavares, leu as alegações de Helena Witzel, que havia sido arrolada para depor pelo juízo, para não depor. Esposa de Wilson Witzel, ela alegou, por meio de sua defesa, ordenamento jurídico que resguarda cônjuges de réus de depor em processos judiciais.
Cláudio de Mello levou o tema para votação no Tibunal Especial Misto, cuja maioria concordou com a alegação de Helena Witzel.
Leia mais
Comentários