Publicado 28/12/2020 07:00
A covid-19 nos mostrou as faces mais duras de uma tragédia mundial. O vírus que trancou o planeta e impediu simples manifestações de carinho, como beijos e abraços, interrompeu a vida de quase 200 mil brasileiros. Um contingente enorme de famílias enfrentou o drama de uma despedida sem o último olhar. Entre aqueles que a pandemia nos tirou do convívio, estão pessoas que faziam parte do nosso dia a dia, que entravam em nossas casas, dividiam microfones, câmeras, traços, acordes, letras... Que tocavam os nossos ouvidos e as nossas almas, nos aqueciam com talento e arte. Eram íntimos, mesmo que jamais nos tivessem visto.
No triste e inimaginável 2020, ano que a covid transformou num oceano de lágrimas, o Brasil se despediu de nomes como Paulinho, vocalista do Roupa Nova, do compositor Aldir Blanc, do desenhista Daniel Azulay, do percussionista Ubirany, do grupo Fundo de Quintal, do ator Eduardo Galvão e do apresentador Rodrigo Rodrigues, do Sportv. Como tão bem retrata uma das composições de Aldir Blanc, chora a nossa pátria, mãe gentil...
ALDIR BLANC
DANIEL AZULAY
EDUARDO GALVÃO
NICETTE BRUNO
PAULO CÉSAR SANTOS, O PAULINHO
RODRIGO RODRIGUES
UBIRANY
Mestre do samba, o cantor, compositor e instrumentista Ubirany Félix do Nascimento, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, morreu aos 80 anos no último dia 11, depois de mais de uma semana internado devido a complicações da covid-19. Dono de um sorriso aberto e de um enorme talento, ele foi um dos precursores do pagode, no Cacique de Ramos, santuário do samba.
Nascido no Rio de Janeiro no dia 16 de maio de 1940, Ubirany foi responsável pela criação de um novo instrumento, o repique de mão, do qual, apesar da modéstia, jamais escondeu o enorme orgulho. Teve como parceiros nomes consagrados, como Jorge Aragão, Almir Guineto e Arlindo Cruz. Com o Fundo de Quintal, conquistou 15 discos de ouro, três de platina e um Grammy Latino.
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