Publicado 23/12/2020 16:56 | Atualizado 23/12/2020 18:05
Rio - A desembargadora Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Rosa Helena Pena Macedo Guita, determinou nesta quarta-feira, que antes de soltar o prefeito afastado Marcelo Crivella (PRB) – preso em uma operação do Ministério Público (MPRJ) e da Polícia Civil sob a acusação de desvio de dinheiro público no "QG da Propina" - seja feita verificação e busca e apreensão na residência do denunciado.
"Retirando os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart tvs, de forma a dar fiel cumprimento à medida", diz um trecho do despacho.
Na decisão, a magistrada prossegue as determinações: "Determino ainda seja oficiado às empresas de telefonia fixa e internet a fim de interromperem os respectivos sinais. Determino, por fim, seja providenciada a colocação de dispositivo de monitoramento eletrônico no paciente".
A decisão da desembargadora veio após o desembargador plantonista do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Joaquim Domingos de Almeida Neto, decidir não expedir o alvará de soltura de Crivella. Em um despacho, o magistrado informou que não caberia a ele tomar providências e, sim, a relatora do processo, a desembargadora Rosa Helena Macedo.
AUDIÊNCIA VIRTUAL
Também nesta quarta-feira, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita realizou a audiência de custódia virtual do empresário Adenor Gonçalves e do ex-delegado de polícia José Fernando Moraes Alves. Com sintomas de Covid-19, eles não puderam ser apresentados no dia anterior, quando os demais investigados no caso, foram conduzidos ao Tribunal de Justiça do Rio para a audiência de custódia presencial após sua prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça, os dois estão internados no Hospital Hamilton Agostinho de Castro, no complexo de presídios de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, Adenor e Fernando Moraes foram levados até as salas de videoconferência do complexo e tiveram a companhia de seus advogados.
"Ao serem questionados pela magistrada sobre a regularidade durante o cumprimento dos mandados de prisão, os dois afirmaram que não houve excessos e que não sofreram violação a integridade física e psicológica. O empresário Adenor Gonçalves disse ter certeza de que ficará provada sua inocência no decorrer do processo. Já o ex-delegado Fernando Moraes afirmou não conhecer nenhuma das pessoas relacionadas na denúncia do Ministério Público estadual", afirma a nota.
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