Publicado 29/12/2020 20:45
Rio - O prefeito interino, Jorge Felippe (DEM), afirmou que não há dinheiro no caixa da Prefeitura do Rio para a abertura de novos leitos para tratamento de covid-19. No início do mês, o prefeito afastado Marcelo Crivella (Republicanos) prometeu a abertura de 170 leitos de enfermaria e 50 de UTI em hospitais municipais. Em dez dias, foram reabertos apenas dez leitos pelo município.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou que, desde 18 de setembro, 923 leitos estão abertos no Rio, sendo 293 de UTI. Após a primeira onda da pandemia, foram fechados 334 leitos. De acordo com o boletim da SMS, a taxa de ocupação de leitos da UTI do estado é de 90%, enquanto da enfermaria é de 89%.
Até o momento, 250 pacientes estão a espera de leitos disponíveis em todo o estado. Este é o menor registro de fila dos últimos 33 dias. Apesar disso, de acordo com o Ministério da Saúde, o Rio é o estado do Brasil com a maior taxa de mortalidade. São 144 mortes por 100 mil habitantes.
Em nota enviada ao DIA, a a Secretaria Municipal de Saúde não respondeu sobre a falta de abertura de leitos no município, informando apenas sobre a situação do Hospital de Campanha. "Não há nenhuma intenção da atual gestão de fechar ou desmobilizar os leitos do Hospital de Campanha até o dia 31 de dezembro, tendo em vista que a pandemia ainda está em curso, com demanda de pacientes por leitos covid-19", informou.
Paes promete reabrir leitos
Nesta terça-feira, Eduardo Paes (DEM) prometeu em entrevista à GloboNews que vai reabrir leitos da rede pública municipal que estão desativados no momento. O prefeito eleito também criticou a abertura dos hospitais de campanha e afirmou que os leitos nos hospitais públicos do Rio conseguiriam atender a população.
"O Rio tem cerca de 1.800 leitos disponíveis na rede pública, municipal, estadual e federal. E, enquanto isso, a cidade ficou perdendo tempo abrindo hospital de campanha. Uma desnecessidade completa. Vamos focar no terapêutico. E criar as condições para que a rede pública possa fazer o atendimento de maneira adequada. Que as pessoas, tendo Covid, poderem ter esse atendimento", disse à GloboNews.
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