Pedro Paulo disse que duas folhas salariais em aberto provocaram impacto colossal nas contas do município - Luciano Belford / Agência O Dia
Pedro Paulo disse que duas folhas salariais em aberto provocaram impacto colossal nas contas do municípioLuciano Belford / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - No primeiro dia de trabalho de Eduardo Paes a equipe de governo do prefeito se deparou com um desafio: pagar os salários atrasados dos servidores públicos. As contas estão sendo feitas com base em receitas futuras. O prefeito ainda não deu certeza a respeito do pagamento do 13º salário dos servidores do município, pois, segundo ele, não há dinheiro no caixa. De acordo com o secretário Municipal de Fazenda, Pedro Paulo, só há o suficiente para pagar o equivalente a 6% da folha de dezembro.
"Hoje não tem condições de pagar o salário de dezembro. Os salários de dezembro só serão pagos com receitas que virão de ISS, IPTU, ITBI e que vão cair nas contas da prefeitura a partir de segunda, terça ou quarta-feira. Se esses recursos não caíssem a prefeitura não teria dinheiro para pagar os salários. São R$ 69 milhões contra R$1,1 bilhão que tem que se pagar da folha de dezembro", disse o secretário de Fazenda em entrevista ao RJTV.
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A Secretaria de Fazenda prevê que a situação financeira da prefeitura só vai melhorar a partir de fevereiro, quando o contribuinte paga o IPTU. A prefeitura espera arrecadar cerca de R$3,5 bilhões. Segundo Pedro Paulo não há como fazer qualquer estimativa em relação ao 13º salário. Uma das propostas em estudo é o pagamento escalonado.
"Todo o trabalho agora é para desfazer essa bola de neve que foi criada. Por exemplo: todo o pagamento que na antiga gestão do Eduardo Paes era no segundo dia útil passou para o quinto dia útil para começar a transferir as receitas do mês seguinte. Precisamos acabar com esta história na Prefeitura do Rio de ficar empurrando despesa para o mês seguinte e ficar acumulando déficit gigantesco", finalizou Pedro Paulo.
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Antiga gestão garantia pagamento
No dia 31 de dezembro, o então prefeito em exercício Jorge Felippe (DEM) anunciou que os pagamentos estavam assegurados com as fontes de receitas futuras, cerca de R$ 762.891.340,59.
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Em 30 de dezembro, após receber R$ 50 milhões da Câmara Municipal, Jorge Felippe garantiu o pagamento do 13º salário aos servidores com salários entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Servidores de outras faixas salariais, no entanto, ainda não foram pagos.