Volta das aulas presenciais será debatida em assembleias virtuais - Divulgação
Volta das aulas presenciais será debatida em assembleias virtuaisDivulgação
Por HUGO PERRUSO
Enquanto a Prefeitura do Rio finaliza o plano sanitário, com os protocolos e medidas para definir a data do retorno às aulas presenciais, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) mostra preocupação com o movimento em meio ao crescimento de casos de covid-19 na cidade. Inclusive, os representantes da classe também pretendem pedir à Secretaria Municipal de Educação (SME) que os trabalhadores da área sejam incluídos no grupo que receberá a vacina na primeira fase (atualmente estão no grupo 4), assim como os profissionais da saúde.
"Vamos requerer que não apenas os professores, mas todos os profissionais de educação estejam no primeiro grupo de vacinação", explica uma das coordenadoras do Sepe, Isabel Costa.
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Ela também lembra que, na rede municipal, há alunos, de crianças a adultos que fazem parte de algum grupo de risco e que seria perigoso colocá-los de volta às aulas presenciais. "Também falaremos a respeito deles, para que estejam entre as prioridades para a vacina e voltem a estudar rapidamente. E que o retorno presencial só aconteça após a imunização deles".
A vacinação é uma das demandas que o Sepe pretende fazer em reunião virtual nesta sexta-feira com o professor Will Costa, assessor da SME. Mas há outros assuntos a tratar em relação ao retorno das aulas presenciais. O sindicato também espera por respostas sobre o plano sanitário da prefeitura: a questão da estrutura das escolas para colocar em prática os protocolos necessários, bem como a quantidade de alunos em sala e os equipamentos de proteção são alguns pontos que preocupam. 
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"O retorno precisa ser sem riscos para alunos, responsáveis e profissionais da educação. Em primeiro lugar, os níveis de casos no município do Rio estão num quadro parecido com o de julho, quando não se pensava em retorno presencial. Em segundo, existem protocolos muito além do álcool em gel. Quanto será gasto para adaptar as escolas? Porque elas não estão preparadas para esses protocolos. Em terceiro, precisamos de levantamento de como a rede municipal está, quantos alunos matriculados, quantos evadiram, quantos não conseguiram ter aula remota em 2020. Por último, não pode voltar com o número de alunos em salas atual", afirma Isabel.
Pelo calendário divulgado pela Prefeitura do Rio, as aulas na rede municipal começam em 8 de fevereiro, mas não há ainda definição sobre a data do retorno presencial, nem como será feito. Nesta quinta-feira (7), o secretário de educação, Renan Ferreirinha, afirmou que em meados de janeiro irá divulgar o protocolo sanitário para um "retorno seguro", que ainda está em desenvolvimento.
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O trabalho é feito em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde e levará em consideração, segundo Ferreirinha, aspectos como comportamento, distanciamento e quantidade de alunos, funcionamento do refeitório e como será o recreio, bem como as características de cada escola. Há possibilidade também de rodízio dos estudantes, entre online e presencial.
"Existem aspectos muito importantes nesse momento, que são os aspectos educacionais, que ficaram muito prejudicados com a interrupção das aulas. O protocolo sanitário e de saúde está sendo feito e será validado pelo comitê de especialistas no enfrentamento ao covid-19", disse Ferreirinha em entrevista à TV Globo.