Gata Olga  - Foto: Arquivo pessoal
Gata Olga Foto: Arquivo pessoal
Por O Dia
Rio - O grupo de voluntários independentes Fla.Gato denunciou, neste domingo, que um protetor registrado pela Subsecretaria Secretaria de Bem Estar Animal (Subem) teria impedido a adoção de uma gata na colônia do Parque do Flamengo, Zona Sul do Rio. O protetor Antonio Carlos da Silva teria intimidado e até mesmo tentado agredir membros do grupo após impedir que a gata Olga fosse levada pela família de adotantes.
"No momento da adoção, ela [a adontante] estava sem a caixinha de transporte. Combinamos que voltaria para casa para finalizar a assinatura do termo de adoção e iria enviar todos os documentos enquanto uma voluntária da Fla.Gato iria no parque pegar a gatinha pra levar para sua nova casa. Quando a voluntária chegou no parque, o senhor Antonio viu, ameaçou a voluntária e disse que chamaria a polícia. Ele também afirmou que ela não podia tirá-la [a gata] do parque, sendo que, por estar em situação de rua, tem chance de acontecer algum ruim. Na rua, a integridade física do animal está ameaçada. Quando ela foi pegar a gata Olga, ele tentou impedir e disse que a voluntária teria que dar a caixinha da Fla.Gato para ele", relatou uma das voluntárias da organização, Thaiane Montenegro. 
Publicidade
Cerca de duas horas depois, outros voluntários chegaram ao Parque do Flamengo para conversar com Antonio, que teria levado a gata Olga para a casa de uma protetora. Neste momento, o protetor oficial teria agredido fisicamente o marido de uma das voluntárias da Fla.Gato. Thaiane conta que o grupo foi encaminhado para a 9ª DP (Catete) para abrir um boletim de ocorrência contra Antonio pela agressão e por ter levado a gata sem a autorização da tutora. A voluntária ainda denunciou que a inspetora de polícia que estava de plantão se recusou ouvir os depoimentos de todas as pessoas que presenciaram a agressão.
"Uma audiência foi marcada para abril sobre a agressão, mas nada foi feito sobre a questão da Olga, que era o que mais nos interessava. Na delegacia, chegamos a chegou a falar que não queríamos ir por vias judicias. Pedimos para que ele devolvesse a gatinha, mas ele se recusou. Ele disse que quer ser representado judicialmente. Ou seja, o único interesse dele é de que a adoção não seja concluída", apontou Thaiane. 
Publicidade
Por causa da idade de Olga, de aproximadamente 6 anos, a adoção dela é mais difícil. Apesar da tentativa amigável de tentar recuperar a gata pela Fla.Gato, Thaiane contou que aceitaria que o processo de adoção fosse feito pelo próprio Antonio. "As pessoas não querem gatos adultos, só filhotes. Mesmo ela sendo uma gata gordinha, peludinha, como todo mundo acha fofo, ela é uma gata adulta, quase idosa. E quando achamos uma adoção segura, ela foi impedida de ter um lar", afirmou. 
A reportagem de O DIA procurou a Polícia Civil, a Subem e Antonio Carlos da Silva, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. 
Publicidade
Gatos assassinados no Campo de Santana

O Secretário Municipal de Proteção e Defesa dos Animal da Prefeitura do Rio de Janeiro, Vinicius Cordeiro, pediu às autoridades policiais e aos dirigentes dos órgãos de segurança que atuem no Campo de Santana, no Centro do Rio, pela defesa dos animais. O local tem sido palco de agressões frequentes aos animais desde a reabertura do Campo, há oito dias.

Nesta segunda-feira, pela terceira vez, mais um gato foi brutalmente morto por autores desconhecidos. A SMPDA se solidariza aos voluntários do Campo de Santana e requer medidas concretas do Centro Presente, PMERJ, Guarda Municipal.