Parque do Flamengo - Foto: Reprodução / Instagram
Parque do FlamengoFoto: Reprodução / Instagram
Por O Dia
Rio - O protetor registrado da Secretaria Especial de Defesa dos Animais Antonio Carlos da Silva negou, nesta terça-feira, as acusações do grupo de voluntários independentes Fla.Gato. Ao O DIA, Antonio contou que estaria recebendo ameaças na internet após uma briga com voluntários do grupo Fla.Gato, no último domingo.
Na ocasião, integrantes do grupo estavam terminando o processo de adoção de uma das gatas que morava na colônia do Parque do Flamengo, Zona Sul. "Quando entrei no parque, os policiais me chamara porque abandonaram um filhote de gato na base do Aterro Presente. Nesse momento, eu vi um casal saindo com a gata e os parei para saber o que eles estavam fazendo. Me identifiquei com a carteira da Subem, e eles disseram que eram da Fla.Gatos e que estavam levando a gata porque tinha uma adoção para ela. Eu disse que não é assim que funciona, que somos os responsáveis pela colônia e precisamos ser comunicados sobre os gatos que estão saindo", contou Antonio, que continuou:
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"Eu iria chegar aqui e não iria encontrá-la. Eles disseram que iriam levar a gata de qualquer maneira porque o parque é pulico. Respondi que realmente não sou dono do parque, mas de uma certa maneira, sou responsável pelos animais e disse: 'vocês não vão levar a gata porque tem que passar pela gente'. Tem que comunicar a gente, o que tá havendo, onde vai ser a adoção, pegar o documento".
De acordo com Antonio, que trabalha no parque há mais de três anos, a gata em questão é idosa e acostumada com o ambiente. Por isso, a adoção dela teria que ser especial. "Se você colocá-la em um espaço pequeno, ela vai estranhar. Tem que fazer a adoção direito. Não é porque surgiu uma pessoa que você vai dar o animal, sem saber se tem tela na janela, se a pessoa tem condição de cuidar do bicho", apontou.
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Voluntária do grupo, Thaiane Montenegro afirmou que as adoções feitas pelo Fla.Gato toma as precauções necessárias para a segurança dos animais. "A gente verifica todas as telas. A gente não faz adoção irresponsável. Isso está dentro dos nossos critérios e a gente jamais teria feito isso com nenhum gato", disse.
Nas redes sociais, a Fla.Gato afirmou que o protetor teria intimidado os voluntários do grupo e ficado com a caixa de transporte de Olga. "E eu ainda tenho um problema de mobilidade da perna esquerda. Por isso que eu evito atrito, confusão, porque eu tenho problema de mobilidade. Se eu cair no chão, não tenho como levantar sem apoio. Então eu não vou sair por aí arrumando confusão. Conversando com eles, eles desistiram de levar a gata", explicou Antonio, que contou ter levado Olga para a casa de uma das protetoras do local para buscar um lar para ela.
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Segundo Thaiane, o grupo voluntário teria tentado conversar com Antonio para que a gata fosse para a casa da adotante. "A gente disse que disponibilizaria o número da adotante para ele conversar com ela. A gente só queria que a Olga fosse entregue e isso foi veementemente negado. Essa adoção só foi feita no dia seguinte, depois de muita pressão de vários âmbitos", contou.
O grupo voluntário também afirmou que o protetor teria agredido fisicamente o marido de uma das voluntárias da Fla.Gato. Em seguida, policiais teriam encaminhado o grupo à 9ª DP (Catete) para abrir um boletim de ocorrência. Em seguida, Antonio Carlos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames de corpo de delito. O protetor também está com um processo nas áreas civil e criminal contra integrantes do grupo Fla.Gato. 
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De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, a investigação está em andamento. Diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos.