Restaurante Up Lounge - Divulgação
Restaurante Up LoungeDivulgação
Por Bruna Fernandes

As irmãs e sócias Alexandra e Anna Paula Fernandes abriram as portas do Restaurante Up Lounge há 17 anos, na Barra da Tijuca. O espaço recebia diariamente 180 pessoas em média, mas esse número caiu para 30 atualmente, em função da pandemia da Covid-19. Batalhadoras, as proprietárias lutam para não fechar o estabelecimento e falam das dificuldades para mantê-lo aberto em um cenário em que muitos tiveram que fechar as portas.

"Diariamente recebíamos quase 200 pessoas para almoçar conosco, pois o restaurante só funciona durante o dia. Atendemos, principalmente, empresários e pessoas da redondeza, mas, com a pandemia, alguns perderam o emprego e muitos outros estão de home office, o que fez com que nosso movimento do almoço caísse de forma exorbitante", lamenta Anna.

"Fomos muito afetados, ficamos meses fechados, onde muitos faliram por falta de investimento e auxílio durante uma época tão difícil, mas conseguimos nos manter de portas abertas depois que liberaram restaurantes, o problema agora é a dificuldade de clientes da redondeza, já que a maioria está trabalhando em casa", frisa Alexandra.

Incansáveis, as duas revelam que tentaram se reinventar através de plataformas de delivery. "Quando estava proibido restaurante, nós tentamos através das plataformas de delivery, porém encontramos outro problema. As plataformas te limitam quanto à área de atendimento", continua Alexandra.

Anna, porém, apresenta outro empecilho. "As plataformas também nos restringem na questão de atrativos para clientes. Se colocamos entrega grátis, eles nos cobram, ainda assim, um percentual de entrega. Os restaurantes maiores têm destaque maior na plataforma, e daí por diante. Nós trabalhamos com todo tipo de público e temos preços acessíveis desde o funcionário até o empresário, não conseguiríamos manter o nosso custo trabalhando com delivery e desistimos", diz.

De olho no futuro e confiantes de que a situação vai mudar, elas têm a receita para continuar fazendo comidas saborosas: o amor! "Hoje avaliamos muito o custo e benefício, tanto para a casa quanto para o cliente. Tiramos o máximo que pudermos da química. A comida é feita todos os dias. Os grelhados e o peixe frito são feitos na hora. Não fazemos estoque, principalmente das proteínas. Essas são compradas na medida para que não fiquem armazenadas mais de quatro dias", revela Anna.

Alexandra complementa: "Prezamos pela comida caseira, saudável, aquela feita pela nossa mãe, nossa avó, nossas tias. Comida afetiva, que nos faz lembrar nossa infância, nossa família... Trabalhar com comida é um desafio pelo cuidado que requer. Se não tem amor e respeito ao próximo, não se atreva!".

Confiantes, as irmãs fazem um convite aos clientes. "Nós acreditamos naquilo em que trabalhamos e no que servimos. Servimos qualidade, sabor e os pratos são feitos com amor. Estamos limitadas durante a pandemia, mesmo trabalhando com todos os cuidados, mas temos certeza de que com esse início da vacinação tudo irá melhorar. Estamos de portas abertas para os clientes. Fica o convite para provarem o sabor único que a comida caseira tem", encerra Anna.

 

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