Publicado 04/01/2021 13:54
Rio – O aposentado Osvaldo Castro de Oliveira reclamou da ação da Polícia Militar na Cidade de Deus, que resultou na morte de seu filho, Marcelo Guimarães, de 38 anos. Segundo ele, o filho foi baleado com um tiro no peito ao passar ao lado de um veículo blindado que estava em uma das entradas da localidade conhecida como Tijolinho. O sepultamento da vítima está previsto para começar às 15h desta terça-feira na capela Rio Pax, em Inhaúma, na Zona Norte.
“Meu filho não era bandido, era trabalhador. Foi um tiro só que deram. Ele foi levar o filho no futebol, virou aqui e foi vítima”, desabafou.
“Meu filho não era bandido, era trabalhador. Foi um tiro só que deram. Ele foi levar o filho no futebol, virou aqui e foi vítima”, desabafou.
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital estiveram no local e realizaram a perícia.
Testemunhas contaram que a vítima estava de moto e realizou uma manobra na Avenida Edgard Werneck quando foi atingida pelo disparo.
Familiares contaram que Marcelo trabalhava em uma marmoraria naquela região. Ele teria ido em casa para buscar um telefone celular que esqueceu. Minutos antes, deixou o filho em uma escolinha de futebol.
O rapaz era casado e tinha um casal de filhos.
Após a morte do rapaz moradores da Cidade de Deus protestaram fechando a Linha Amarela por cerca de 20 minutos.
Em nota a PM nega que tenha realizado operação naquela região. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual da PM, “equipes do 18º BPM (Jacarepaguá), que reforçam o policiamento nas imediações da comunidade, foram atacadas por disparos de arma de fogo realizados por criminosos de dentro da Cidade de Deus. Os policiais reagiram à injusta agressão e cessaram o ataque. No momento da ação, um motociclista que passava pelo local foi atingido. Infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos”.
A PM ressalta que desde a semana passada o policiamento, com emprego de um veículo blindado, foi reforçado na região. De acordo com a corporação, PMs são constantemente atacados por criminosos naquele ponto.
“Um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto para apurar as circunstâncias do fato. Paralelamente, a Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso”.
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