Publicado 07/01/2021 10:14
Rio - Três ossadas que estariam enterradas há mais de três anos dentro de uma casa em construção foram encontradas nesta quarta-feira (6) pela Polícia Civil, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Eles foram enterrados pelo ex-companheiro de uma das vítimas, o ex-PM Gilnei Pavão, de 68 anos, que cometeu suicídio em dezembro do ano passado e deixou carta confessando a ocultação dos cadáveres.
De acordo com a delegada Norma Lacerda, titular da 71ª DP (Itaboraí), as investigações apontam que os restos mortais sejam de Maria Rosane Guedes Barbosa, Rodrigo Guedes Barbosa e Germano Guedes Barbosa, mãe e filhos. O ex-PM nega na carta que tenha matado as vítimas.
Segundo a polícia, o crime foi descoberto essa semana pelo filho do primeiro casamento de Gilnei. O rapaz encontrou a carta escrita pelo pai no guarda roupas da casa onde ele morava com a mulher e os dois enteados. Ele apresentou o documento na delegacia.
De acordo com a delegada Norma Lacerda, titular da 71ª DP (Itaboraí), as investigações apontam que os restos mortais sejam de Maria Rosane Guedes Barbosa, Rodrigo Guedes Barbosa e Germano Guedes Barbosa, mãe e filhos. O ex-PM nega na carta que tenha matado as vítimas.
Segundo a polícia, o crime foi descoberto essa semana pelo filho do primeiro casamento de Gilnei. O rapaz encontrou a carta escrita pelo pai no guarda roupas da casa onde ele morava com a mulher e os dois enteados. Ele apresentou o documento na delegacia.
"O filho diz que o pai cometeu suicídio antes do Natal. Ele sabia que o pai era casado, mas não mantinha contato com a antiga família. Ele era uma pessoa afastada. O filho foi na casa do pai para arrumar as coisas e encontrou essa carta escrita à mão. Nesse documento ele tenta se isentar da culpa, mas afirma que enterrou os corpos", explica a delegada.
Na carta, Gilnei, que morava com a família no bairro Visconde, zona rural da cidade, diz que chegou em casa no dia 10 de março de 2017 e encontrou os corpos amarrados e asfixiados com sacos plásticos na cabeça. Ele alega que passou a noite em claro e decidiu enterrá-los "por não confiar na polícia". No local, ele desenhou uma cruz e deixou a frase 'estão aqui' escrita no chão.
Caso cheio de mistérios
Para a polícia, há muito o que desvendar sobre o crime. Em três anos, não há registros de desaparecimento da família. Outra hipótese é que ele tenha cometido o crime por questões financeiras e ocultou os corpos.
"A carta diz que os corpos estão ali há três anos. Há marcações indicando os locais. Mas precisamos buscar respostas em algumas questões. Como nenhum vizinho deu falta dessa família? Como ele enterrou todos ali e ninguém desconfiou? Por que não há denúncia do desaparecimento dessas pessoas? Por que as pessoas nunca perguntaram a ele sobre a esposa e os enteados? Qual era sua ocupação?”, questiona a delegada Norma.
Inicialmente o caso foi registrado na 71ª DP. Após a descoberta dos restos mortais, a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí passou a investigar.
Segundo a polícia, Gilnei foi expulso da PM pelo crime de homicídio. Após a separação do primeiro casamento, ele se juntou com a prima da esposa. Maria Rosane era viúva de um oficial da Marinha do Brasil.
Leia mais
Comentários