CCR BarcasImagem Internet
Por O Dia
Publicado 08/01/2021 17:33 | Atualizado 08/01/2021 17:36
Rio - Após diversas denúncias de moradores da Ilha do Governador, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) encaminhou, nesta sexta-feira, um requerimento solicitando informações sobre a atuação da CCR Barcas nas linhas que atendem Paquetá, Cocotá, Ilha do Governador, Araribóia e Charitas. Segundo passageiros, a concessionária estaria implementando um projeto para reduzir ainda mais os horários que atendem ao bairro da Zona Norte. 
Dionísio Lins (Progressita), presidente da comissão, informou que solicitou a cópia do contrato de concessão com todos os termos aditivos, o valor arrecadado nos últimos três anos, a grade de horários em vigor nas linhas, o preço de cada tarifa e a margem líquida de lucro nas linhas operadas dentro da Baía de Guanabara. Ele pediu, também, o número de embarcações que operam nas linhas da Baía, tempo de uso das embarcações, sua capacidade de transporte e quantos passageiros são transportados diariamente, o gasto mensal com combustíveis e com a folha de pagamento de funcionários e terceirizados; além de cópias dos contratos de publicidade.
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"Toda essa situação caracteriza uma verdadeira chantagem. Alegar que atualmente existem poucos usuários é covardia. Até quando vamos aceitar que uma empresa que possui uma concessão prejudique a população e encoste o governo na parede?", questionou. 
Dionísio lembra ainda que no início do ano o legislativo estadual fez um aporte de R$ 5 milhões para a CCR Barcas, que garantiu que com esse valor retornaria com os horários da antiga grade para a Ilha do Governador e Paquetá, mas nada aconteceu; o que para ele foi uma enorme traição. "Há tempos que essa empresa faz o que quer com o estado e nada é feito. A população é que não pode ficar refém de uma empresa que não entrega o que promete e nem pagar essa conta", completou.
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Em nota, a concessionária informou que, devido à pandemia, atualmente trabalha com uma queda de 80% na demanda de passageiros na linha Cocotá (de uma média diária de 2 mil para 240 passageiros por turno aproximadamente). Confira a nota na íntegra: 
"A CCR Barcas informa que devido à pandemia, atualmente trabalha com uma queda de 80% na demanda de passageiros na linha Cocotá (de uma média diária de 2 mil para 240 passageiros por turno aprox.), sendo que há viagem desta linha que uma embarcação de 1300 lugares transporta apenas um passageiro.
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Junto a esse cenário, há outro fato que agrava ainda mais a situação financeira da empresa: o não cumprimento dos acordos assinados por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro - o não pagamento do histórico desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão (na ordem de R$ 1,5 bilhão).
A Concessionária destaca ainda que o atual contrato de concessão, que se encerra em 2023, não atende às necessidades da sociedade, concessionária e ERJ, e que, mesmo assim, o Governo Estadual continua paralisado desde jan/20 para efetivar a licitação que este mesmo prometeu ter concluída até dezembro de 2021, uma vez que 2022 será ano de eleições".
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