Rodrigo Silveirinha Corrêa foi flagrado pela reportagem do 'Fantástico' da TV Globo dirigindo um táxi - Reprodução/ TV Globo
Rodrigo Silveirinha Corrêa foi flagrado pela reportagem do 'Fantástico' da TV Globo dirigindo um táxiReprodução/ TV Globo
Por O Dia
Rio - Os fiscais envolvidos no esquema que ficou conhecido como escândalo do Propinoduto, em 2003, no Rio de Janeiro, podem ter o seu caso prescrito na Justiça, após inúmeros recursos feitos pela defesa à Justiça. No esquema, fiscais da Fazenda estadual e da Receita Federal cobravam propinas de empresários em troca de perdão de dívidas tributárias e depositaram o dinheiro em contas na Suíça. Se o caso, que corre desde 2003, prescrever, os acusados poderão recuperar o dinheiro enviado ao paraíso fiscal. Ao todo, os réus mandaram para o país cerca de R$ 182 milhões.
O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa na sexta-feira um recurso extraordinário de réus do escândalo da "máfia dos fiscais". Passados 18 anos, o processo ainda não foi encerrado.

Apontado como chefe do esquema, Rodrigo Silveirinha, ex-subsecretário de Administração Tributária no governo Anthony Garotinho,  foi condenado a 15 anos de prisão em 2003. Atualmente, Silveirinha se apresenta como motorista de táxi no Rio. Ele mora em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Dos 12 condenados à prisão em 2003, apenas seis ainda respondem ao processo, em liberdade. Silveirinha foi flagrado pelo programa "Fantástico", da TV Globo, dirigindo um táxi. 
Publicidade
Outro réu, Carlos Eduardo, considerado mentror do grupo, perdeu o cargo e mora em uma cobertura na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, avaliada em R$ 6 milhões.
Carlos Eduardo e Silveirinha respondem em liberdade ao processo por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.