Sambódromo do Rio
 - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Sambódromo do Rio Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), participará amanhã, às 18h, da cerimônia que inaugurará a iluminação especial do Sambódromo da cidade durante o período em que se realizaria o Carnaval carioca. A iniciativa da prefeitura, por meio da Riotur, homenageará as vítimas da covid-19 e, em especial, as do mundo do samba. Desta sexta-feira (12) até o próximo sábado (20), quando haveria o Desfile das Campeãs, a Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas todas as noites até meia-noite. 
Sem Carnaval em 2021
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Por conta da pandemia do novo coronavírus, que voltou a avançar pela capital fluminense nos últimos meses, Eduardo Paes utilizou suas redes sociais, no dia 21 de janeiro, para anunciar que não haverá mais Carnaval em julho de 2021, o que tinha sido previsto pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), para os dias 11 e 12.
“Nunca escondi minha paixão pelo carnaval e a visão clara que tenho da importância econômica dessa manifestação cultural para nossa cidade. No entanto, me parece sem qq sentido imaginar a essa altura que teremos condições de realizar o carnaval em julho. Essa celebração exige uma grande preparação por parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba. Algo impossível de se fazer nesse momento", disse o prefeito, em seu perfil no Twitter.
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"Dessa forma, gostaria de informar que não teremos Carnaval no meio do ano em 2021. Certamente em 2022, poderemos (todos devidamente vacinados) celebrar a vida e nossa cultura com toda a intensidade que merecemos”, completou.
Associações e carnavalescos concordaram com o cancelamento
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Após Eduardo Paes decretar que este ano não terá carnaval no estado, o presidente da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih/RJ), Alfredo Lopes, disse, à época, concordar com a decisão, apesar de saber que o prejuízo será grande para a rede hoteleira.
"Nós temos a vacina, mas não sabemos exatamente qual é o cronograma de vacinação. Não tem como fazer um investimento para julho. É muito difícil estruturar toda essa indústria do Carnaval. Apesar de penoso, a decisão está correta. Claro que é um problema financeiro para os hotéis, para a cidade, restaurantes, bares etc, mas nesse momento se mostra prudente", afirmou Lopes.
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Figura importante no meio, Neguinho da Beija-Flor alegou ter perdido muitos amigos para o novo coronavírus e diz ser contra a realização da festa neste ano.
"Eu sou apaixonado por Carnaval, vivo do Carnaval, e sou contra. Não pode ter! Pelo amor de Deus! E olha que preciso. Vou passar sufoco, porque além da festa ser um prazer, é meu sustento. Mas o mais importante agora é a saúde", comentou.
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"Eu perdi meu presidente, amigos. Estou no carnaval há quase 50 anos e este foi um dos mais dolorosos. Não tem como desfilar em cima de defunto, de dor. Não teve Olimpíada, não teve Parintins, não teve festa junina em Caruaru e Campina Grande, não tem como ter desfile, também. Eu tive covid-19 e graças a Deus me recuperei, mas vi o problema que é. Vamos cuidar da saúde", concluiu o intérprete.