Cariocas se deparam com veículos do BRT lotados na manhã desta sexta-feira (19) - Reprodução/Internet
Cariocas se deparam com veículos do BRT lotados na manhã desta sexta-feira (19)Reprodução/Internet
Por O Dia
Rio - Os problemas no transporte público do Rio são recorrentes e constantemente atrapalham o cotidiano dos cariocas, que pedem soluções às autoridades. E, na manhã desta sexta-feira (19), não foi diferente. O serviço do BRT, frequentemente criticado, inclusive pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (DEM), que o classificou como 'porcaria', voltou a apresentar péssimas condições aos usuários: alguns veículos tiveram registro de grandes aglomerações de passageiros e outros, na Zona Oeste do município, acabaram apresentando falhas mecânicas e quebrando durante suas viagens.
Foi o caso de um articulado que passava pela Avenida Salvador Allende, no Recreio dos Bandeirantes. A composição começou a demonstrar problemas e os usuários que estavam no interior do veículo precisaram pular do BRT para que ele pudesse ser vistoriado. Outro incômodo aconteceu na mesma região, desta vez, na Barra da Tijuca, na altura do condomínio Santa Mônica Jardins: um ônibus da frota quebrou e ficou parado na pista por cerca de duas horas, esperando pela remoção.
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Questionado sobre as falhas das composições e as aglomerações de passageiros nos veículos, o BRT Rio informou, em nota, que continua empenhado em oferecer um serviço de qualidade aos seus usuários e que os problemas ocorridos nos ônibus são motivados pelas péssimas condições das pistas, pelos atos de vandalismo e pelo mau comportamento de uma parte da população, que desobedece às regras. O consórcio reforçou, ainda, que cerca de um terço de toda a frota segue parado à espera de manutenção.
A Rio Ônibus também emitiu um comunicado sobre o estado atual das composições do BRT, e aproveitou para discordar da opinião do prefeito do Rio, Eduardo Paes. A empresa afirmou que "a fala de Paes, quando classificou o BRT Rio como 'uma porcaria', foi inapropriada e que ele deveria levar em conta que muitos dos obstáculos que hoje prejudicam a operação do BRT são consequência de pistas inadequadas para a circulação dos ônibus articulados e estações subdimensionadas, entre outras falhas de concepção que causam graves prejuízos aos passageiros e ao operador do sistema".
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Em seguida, a nota diz que o projeto, criado pelo próprio Paes durante sua primeira gestão à frente do Rio, "tinha tudo para dar certo, mas que, por conta dos impactos da pandemia (queda brutal no número de passageiros pagantes), da falta de fiscalização sobre o transporte clandestino e sobre o transporte por aplicativos – que circulam pela cidade sem que haja qualquer regulamentação sobre esse serviço -, além do congelamento da tarifa por mais de dois anos, dentre outros, chegou ao atual estado de degradação".
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) ainda não se manifestou sobre os últimos acontecimentos e transtornos envolvendo o BRT Rio. O espaço está aberto para o posicionamento.