
O rapaz foi morto durante uma operação da Polícia Militar, na quinta-feira, na localidade Gogó da Ema, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio.
"Sem dúvidas é o pior momento da minha vida, ter que enterrar o meu filho. É como se o meu filho tivesse sido sentenciado a ser um marginal. Meu filho era um menino trabalhador, com sonhos, projetos, que tem família e não tem nada a ver com tráfico", desabafa o pai de Guilherme, o corretor de seguros Flávio Erasmo de Oliveira, de 44 anos.
O jovem era soldado do Exército, lotado no Colégio Militar, e foi dispensado há duas semanas. No entanto, segundo seu pai, por ser responsável e ter sempre prestado bons serviços, um coronel da força armada o empregou em sua antiga lotação.
"Ele ia começar a trabalhar na segunda-feira. Quer começar a estudar Educação Física e quando teve baixa no quartel ficou muito preocupado em não poder pagar o curso, agora estava feliz com o emprego que iria começar e que poderia pagar a faculdade. Pelos bons serviços prestados, o coronel conseguiu que ele fosse trabalhar lá como civil. E eu fico muito feliz com esse reconhecimento. O Guilherme era um menino que só nos deu alegria e orgulho", falou o pai.
Cerca de 30 jovens que serviram no Exército com Guilherme acompanharam a cerimônia de despedida. Mas, muito abalados, não quiseram falar com a imprensa.