Em home office, assistente social Sandra Helena Lima Polo superou desafio de trabalhar online com idosos
Em home office, assistente social Sandra Helena Lima Polo superou desafio de trabalhar online com idososRicardo Cassiano / Prefeitura do Rio / Divulgação
Por O Dia
No último domingo, Sandra Helena Lima Polo completou 61 anos. Como a maioria dos brasileiros, no último ano, com o início da quarentena devido à pandemia do novo coronavírus, ela teve que se adaptar para dar conta de um novo aprendizado: fazer home office. Assistente social da Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, essa especialista em geriatra e gerontologia desenvolve trabalhos voltados para os idosos, uma atividade que sempre foi presencial mas, diante da nova realidade, teve que migrar para o mundo virtual.
Sandra, que precisou se reinventar na carreira, é uma das mulheres que fazem a cidade acontecer e uma das servidoras homenageadas numa série da Prefeitura do Rio. O celular passou a ser a principal ferramenta de trabalho da profissional, que começou a pensar em projetos que ajudassem a manter a qualidade de vida dos idosos durante a pandemia. 
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"A Covid-19 afetou muito os idosos. Tivemos que suspender por um tempo as visitas presenciais. Por isso a necessidade de fazer o acompanhamento deles on-line, por telefone, oferecer videoaulas, encaminhar para serviços de saúde e previdência."
A violência doméstica contra o idoso também foi motivo de muita preocupação nos últimos meses. Queixas de solidão e a necessidade de eles terem com quem conversar também estiveram em pauta. Pensando nesses temas, Sandra aproveitou para estudar um projeto antigo, de oferecer um serviço público de cuidador de idosos.
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"Isso depende da questão orçamentária. Mas é um serviço interessante. A população idosa é a que mais cresce. Poder manter essas pessoas sob cuidados, em casa, melhoraria muito a qualidade de vida delas. Atualmente, existe o projeto Idoso em Família, que concede benefício para eles terem uma pequena renda, isso também facilita a permanência deles com a família."
Na casa de Sandra, o home office foi um desafio pessoal. Ela precisou se organizar para dar conta das atividades profissionais e das tarefas domésticas, que aumentaram durante a pandemia. Até o começo da quarentena, o pai e uma sobrinha moravam com ela. Mas ele agora tem passado uns tempos em Friburgo e a jovem, que veio estudar no Rio, com a suspensão das aulas presenciais voltou para a família. Sandra agora divide o imóvel com sua gata.
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"No começo foi assustador, mas depois veio o aprendizado. Sou uma pessoa que vive bem sozinha. Aproveito minhas noites para ler, assistir a um filme. Meu desejo agora é que as pessoas aprendam mais sobre solidariedade. Acho que muitos ainda não entenderam o significado disso", avalia a assistente social que, aos poucos, está retomando o trabalho de forma presencial.