Rio de Janeiro - RJ  - 22/01/2020 - ARQUIVO - Incêndio no Ninho do Urubu - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 22/01/2020 - ARQUIVO - Incêndio no Ninho do Urubu - Foto Reginaldo Pimenta / Agência O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A CPI dos Incêndios indiciou por homicídio culposo, nesta quarta-feira, nove pessoas pelo caso do Ninho do Urubu, que vitimou 10 atletas da base do Flamengo. A tragédia do dia 8 de fevereiro de 2019 é um dos quatro grandes incêndios ocorridos na cidade do Rio investigados pelo grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A lista inclui os casos do Hospital Badim, da whiskeria Quatro por Quatro e da Vila Mimosa.  
A lista dos indiciados é formada por Márcio Garotti (ex-diretor financeiro do Flamengo), Carlos Noval (ex-diretor da base, atual gerente de transição do clube), Luis Felipe Pondé (engenheiro do Flamengo) e Marcelo Sá (engenheiro do Flamengo). De fora do clube, Claudia Pereira Rodrigues, Weslley Gimenes, Danilo da Silva Duarte e Fabio Hilário da Silva, da NHJ, empresa que locava os contêineres onde dormiam os jogadores, e Edson Colman da Silva, que atuava como técnico em refrigeração.
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Em relação à lista oferecida em denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em janeiro, a diferença se dá pela retirada do presidente do clube à época, Eduardo Bandeira de Melo, e o monitor Marcus Vinícius Medeiros. 
"Não há como imputar a teoria do domínio do fato a um gestor de uma instituição do tamanho do Flamengo. À época dos fatos o sr. Bandeira não era mais presidente do clube, e não há indícios de que qualquer ato seu tenha contribuído para a tragédia. O Flamengo é uma organização com diversos cargos e níveis hierárquicos, sendo que cada qual desempenha um papel decisivo, o poder é delegado", disse o deputado relator da CPI, Rodrigo Amorim.
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Uma carta enviada e assinada por seis diretores que antecederam Bandeira, como Márcio Braga e George Helai (que dá nome ao Ninho), teria motivado essa retirada. Na carta, os gestores explicam a divisão de responsabilidades do clube.
Criada para investigar diversos incêndios de grandes proporções no Rio, a CPI começou os trabalhos em novembro de 2019, mas precisou interromper a atividade em 16 de março do ano passado por causa da pandemia do coronavírus e os trabalhos foram retomados em fevereiro. A etapa desta quarta-feira conclui os trabalhos.
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Em janeiro de 2021, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia denunciado Eduardo Bandeira de Mello e outras dez pessoas.