Organizadores de feiras, festas e eventos protestam contra medidas restritivas na cidade do Rio
Organizadores de feiras, festas e eventos protestam contra medidas restritivas na cidade do RioO Dia
Por O Dia
Rio - Organizadores de feiras, festas e eventos sociais do Rio protestaram na manhã desta sexta-feira (19), na frente do Centro de Operações da Prefeitura, na Cidade Nova, contra as novas medidas restritivas impostas na cidade. O ato aconteceu no mesmo local em que o prefeito Eduardo Paes concedia uma entrevista coletiva para falar sobre a grave situação da cidade.


O setor alega que está sendo prejudicado com as medidas restritivas e enfrentando dificuldades financeiras para manter o empreendimento em funcionamento. "Nós reivindicamos apenas trabalhar, queremos retomar, ainda que com restrições, ainda que seguindo todos os protocolos que são de direito", disse Felipe Santana, representante do setor de festas e eventos sociais do Rio.

Um dos pedidos da classe era de tentar dialogar com Eduardo Paes, mas o prefeito já não estava mais no local. O setor também questionava o fato de bares, restaurantes e quiosques poderem funcionar, mesmo em horários restritos. "Queremos fazer festas, aniversários e casamentos sem aglomerações e sem pista de dança, como se fosse um restaurante normal", explicou Felipe.

Segundo Paes, novas medidas, ainda mais restritivas, devem começar a valer entre meados e o fim da semana que vem. Ele explicou que ainda está articulando com o governo do Estado e com municípios da Região Metropolitana para anunciá-las porque, segundo ele, as medidas serão mais eficazes se coordenadas.

Durante a coletiva, o prefeito explicou que a capacidade da prefeitura de oferecer incentivos fiscais para ajudar os setores é pequena em relação à União. O prefeito citou ainda a situação de cerca de 2 milhões de cariocas que ficaram prejudicados financeiramente após o fim do auxílio emergencial. Para ajudar na economia da cidade, Paes tenta no Congresso a derrubada de um veto presidencial que adiaria o pagamento de R$ 500 milhões em dívidas a instituições financeiras internacionais, o que daria um alívio pro município.
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O prefeito lembrou que a cidade chegou a um nível de desemprego alto e que os mais pobres sofrem em momentos de restrições das atividades econômicas. Por isso, sugeriu que o carioca volte a organizar redes de solidariedade, como as que foram estabelecidas no início da pandemia. Como exemplo, ele citou o patrão que deixou a doméstica em casa durante um período e ainda assim pagou o salário dela e de grupos de amigos que se organizaram para comprar cestas básicas e doar aos mais necessitados.

Novo decreto aumenta restrições
A nova determinação proíbe a permanência nas areias em qualquer horário. A prefeitura também incluiu a prática de esporte, o comércio ambulante e o banho de mar. As áreas de lazer nas orlas, nas avenidas Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica e no Aterro do Flamengo, estão suspensas.
Os quiosques podem funcionar normalmente, no mesmo horários permitido para bares e restaurantes, das 10h30 às 21h.

O estacionamento está fechado na orla. Apenas moradores identificados, idosos, portadores de de necessidades especiais, hóspedes de hotéis e táxis estão autorizados.

A entrada de ônibus e outros veículos fretados estão proibidos de entrar na cidade, com a exceção dos que prestam serviços regulares para os funcionários de empresas ou para hotéis. Neste caso, os passageiros precisam confirmar a reserva de hospedagem.