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Os policiais da Delegacia da Posse perceberam que em 2020, mensalmente, cerca de 12 motoristas de aplicativo procuravam a distrital para registrar que foram vítimas de roubo. Para combater a atuação dessas quadrilhas especializadas, a atual equipe, que chegou na 58ª DP em setembro do ano passado, resolveu criar uma força-tarefa, no início de 2021. A ação é coordenada pelos dois agentes do setor de roubos e furtos da delegacia, que contam com o apoio de outros policiais. 
"Nós notamos ao longo dos últimos meses de 2020 que havia um número muito alto de roubos contra motoristas de aplicativos, todos esses roubos com um modo de agir muito parecido, em determinadas regiões da cidade. Diante desse número relativamente alto de casos, nós resolvemos criar essa força-tarefa, e nos baseamos nas informações de todas as ocorrências, agrupando de acordo com o modo de agir, região de atuação, número de autores no crime. O objetivo era dar continuidade a uma série de investigações que nós já tínhamos", esclareceu o delegado Willians Batista.
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Até o momento, a distrital prendeu 11 ladrões de motoristas de aplicativo, e mais de 30 inquéritos contra esses suspeitos que se dedicavam a esse tipo de crime, já foram relatados e entregues à justiça.
"A força-tarefa busca a identificação de eventuais suspeitos. Todas as vítimas foram sendo gradativamente chamadas e fizemos o reconhecimento formal. Nós fizemos um mapeamento total, do começo de 2020, que foi nossa data de corte, até os dias atuais, e chegamos a um número de registros e esse número foi dividido entre integrantes da equipe para que cada policial tivesse seu objetivo muito claro sobre quantas pessoas ele deveria chamar para delegacia e diligenciar", falou o delegado.
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Willians Batista ainda contou que se preocupou em usar táticas para refinar o reconhecimento formal dos suspeitos.
"Nós fizemos um álbum com os suspeitos de cometerem esse tipo de crime. Com um trabalho de inteligência conseguimos mapear esses eventuais suspeitos e as pessoas vem na delegacia para efetuar o reconhecimento, que é filmado. Usamos um mosaico nas fotos, para justamente a pessoa ter certeza que é aquele indivíduo em meio a outros elementos similares, e as fotos estão sempre coloridas e atualizadas, não usamos fotos antigas. E a gente não se vale só disso, não podemos nos basear só no reconhecimento por fotografia. Então, buscamos câmeras de segurança, busca pelo cadastro de passageiro e motorista da corrigem que teve o assalto", declarou.