Mães recebem auxílio da CufaDivulgação/Cufa
Por O Dia
Publicado 02/03/2021 17:10

Rio - Desde o surgimento da pandemia de covid-19, muitos segmentos da sociedade têm sido impactados negativamente com as restrições de segurança. E, com certeza, um deles que mais sofrem é composto pelos moradores de comunidades carentes, que geralmente possuem profissões autônomas e não apresentam condições de trabalhar remotamente, por home office. Pensando nisso, a Central Única das Favelas (Cufa), sediada no Rio, desenvolveu, ainda em 2020, o projeto Mães da Favela, com o objetivo de dar auxílio às mães solteiras e chefes de família que residem em favelas e têm tido dificuldades financeiras nesse período. Agora, em 2021, a iniciativa voltou ser a idealizada, entrando em uma nova fase.

Responsável por causar enorme impacto social e ser amplamente premiado, o Mães da Favela teve início ainda em março do ano passado, quando eclodiu em todo o Brasil a pandemia do novo coronavírus. Celso Ataíde, fundador da Cufa, e Preto Zezé, atual presidente, anteciparam-se imaginando que as favelas seriam os lugares da cidade que mais sofreriam com o isolamento social e, tendo em vista que vários moradores são autônomos, criou-se a iniciativa 'Cufa Contra o Vírus', que levava alimentos e materiais de higiene para a população de comunidades carentes.

A partir disso, durante as doações, os voluntários da Cufa que transportavam esses mantimentos até as comunidades ouviam muitas queixas e reclamações de mulheres moradoras de favelas, que diziam não ter dinheiro para pagar contas e comprar remédios. Com isso, foi elaborado o projeto Mães da Favela, a fim de auxiliar essas mães solteiras de comunidade, que, em geral, chefiam seus lares e acabam tendo que cuidar dos filhos.

Por conta dessa necessidade, os responsáveis pela Central Única das Favelas decidiram contemplá-las com uma bolsa de R$ 240 mensais, quantia angariada por meio de donativos de pessoas físicas e jurídicas. Inclusive, grande parte desse dinheiro arrecado vinha do incentivo de grandes artistas em lives musicais durante a pandemia da covid-19, como, por exemplo, Anitta, Péricles e Zeca Pagodinho.

Toda essa ajuda organizada às mães moradoras de favela pela Cufa resultou em uma marca expressiva: em torno de um milhão de mulheres nessa situação foram contempladas pelas doações de 2020 até hoje, impactando positivamente na vida de mais de cinco milhões de pessoas, em cerca de cinco mil comunidades de todo o Brasil. A iniciativa Mães da Favela, em sua nova fase em 2021, tem como meta principal fazer com que, por conta conta do aumento do número de casos e mortes em função do coronavírus no Rio e no país, a sociedade volte a se atentar para essas moças, como forma de continuar promovendo ajuda financeira a elas.

"A favela sempre foi isolada socialmente. A pandemia escancarou isso. Logo, queremos voltar com a mobilização do Mães da Favela a todo vapor. Mas, para isso, todos tem de vir junto com a gente, como veio anteriormente, em 2020, para contemplar o máximo de mães de comunidade possíveis, que não podem esperar", explicou Preto Zezé, presidente nacional da Cufa.

Aqueles que quiserem doar qualquer quantia para a Central Única das Favelas, com o intuito de dar suporte às mães moradores de comunidades carentes, podem fazê-lo por meio do site https://www.maesdafavela.com.br/doar. Há ainda a possibilidade de realizar a transferência bancária direto para a organização. Confira os dados:

Cufa - Central Única das Favelas

CNPJ: 06.052.228/0001-01

Banco Bradesco

Agência: 0087

C/C: 5875-0

 

 

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