Hoje, às 10h, audiência virtual define rumos do movimentoREPRODUÇÃO/INTERNET
Por O Dia
Publicado 04/03/2021 18:56
Niterói - Os rodoviários que trabalham em Niterói, São Gonçalo e região podem paralisar as atividades a partir de abril. No próximo mês, o Sintronac (Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo) retomará a negociação com as empresas de ônibus da região, incluindo Itaboraí, Maricá e Tanguá. Há possibilidade de greve caso não haja acordo, segundo a entidade.
A partir deste mês, o sindicato fará assembleias com os profissionais para definir os pedidos da categoria, mas as principais reinvindicações já estão na mesa: os rodoviários querem um aumento de 4%; básica de R$ 320,00; cofres em todos os pontos finais para recolhimento do dinheiro das passagens; manutenção das cláusulas da atual convenção coletiva; e 2% de comissão para motoristas que exercem a dupla função.

"A diretoria do Sintronac, legítima porta-voz dos rodoviários, entende que a população já está sacrificada demais com as constantes altas nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Um reajuste nas passagens de ônibus, portanto, deve ser estudado com muita cautela. Mas a categoria não pode sofrer mais perdas, enquanto autoridades públicas e empresas defendem apenas seus interesses", comentou, em nota, o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

"É preciso, portanto, que enfrentemos com coragem a situação caótica do transporte público no estado. Alertamos que, se governos e empresas insistirem no caminho em que estão, o setor voltará à época em que quadrilhas organizadas tomavam conta das ruas das cidades", continuou o porta-voz da entidade. "Devemos buscar uma alternativa para viabilizar o sistema de transporte por ônibus, único a atender a grande demanda de passageiros municipais e intermunicipais, garantindo, aos rodoviários, seus direitos previstos em Lei. Caso contrário, não restará saída, a não ser os trabalhadores tomarem para si a responsabilidade por uma mudança real, através de seu maior instrumento de pressão, garantido pela Constituição: a greve", concluiu Oliveira.
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