Publicado 18/03/2021 13:54 | Atualizado 18/03/2021 14:05
Rio - O Sindicato dos Rodoviários do Rio disse nesta quinta-feira (18) que o aumento da violência na capital fluminense está afastando os motoristas de ônibus das ruas. Por dia, a corporação recebe uma média de 6 denúncias de profissionais vítimas de assalto ou sequestro.
Sebastião José, presidente do sindicato, disse que existe a pretensão de contratar psicólogos para atender os profissionais afetados pela violência, mas a pandemia da Covid-19 atrapalhou o processo. O objetivo é ter um especialista que auxilie os profissionais que sofrem traumas por conta das ações de bandidos.
"A violência está descontrolada na cidade, mas para nossa maior surpresa o sequestro de ônibus para ser usado como barricada e para transporte de pessoas de uma comunidade para outra, está virando uma rotina sem que nada seja feito pelas autoridades. Muitos rodoviários não suportam a pressão e procuram o departamento jurídico do sindicato para intermediar um acordo para saírem da empresa. A situação está ficando sem controle", disse Sebastião José, angustiado.
O presidente do sindicato reforça que é preciso uma intervenção maior das forças policiais para garantir a segurança não apenas dos motoristas profissionais, mas também dos passageiros.
"Para nós, somente a colocação de câmeras nos ônibus não é suficiente para coibir os assaltos dentro dos veículos. É preciso que ocorra uma atuação maior das forças de segurança, principalmente com blitzs diárias para tentar reduzir esse tipo de delito", explicou.
Desde o início do ano a Rio Ônibus, concessionária responsável pelas empresas de ônibus na capital, registrou mais de 10 episódios de sequestros de ônibus na área da Zona Oeste. No ano passado, foram 30 casos.
Na manhã desta quinta-feira, bandidos armados renderam quatro motoristas que foram obrigados a atravessar os coletivos nos principais vias de acessos da Vila Aliança, em Senador Camará.
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