Publicado 30/03/2021 21:24 | Atualizado 30/03/2021 21:26
Rio - A delegada Bárbara Lomba Bueno, que estava no caso Flordelis desde junho de 2019, disse nesta terça-feira, durante depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, que parte das provas que ligam a deputada com o assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo, estariam em mensagens trocadas pelos integrantes da família e obtidas pela polícia.
"Havia um núcleo (pessoas da família) muito próximo da deputada que tinha uma revolta contra a vítima em relação a invasão que o Anderson estava cometendo na vida de Flordelis. Tanto na vida profissional, quanto no exercício de seu mandato. Ele dizia como ela devia se posicionar e falava o que ela tinha que dizer em discursos. Havia uma interferência intensa do Anderson na vida de Flordelis", afirmou Bárbara após ver mensagens telefônicas entre o pastor e a deputada.
Ainda no depoimento, a delegada disse que antes de acontecer o crime contra Anderson, muitas pessoas da casa já estavam sabendo do assunto (possível assassinato).
Bárbara foi substituída da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) em 2020. Em seu lugar entrou Allan Duarte Lacerda, ex-chefe da 127ª Delegacia de Polícia, em Búzios, na Região dos Lagos.
Flordelis e mais 10 pessoas são réus no processo que julga os responsáveis pela morte de Anderson do Carmo. Em depoimento, testemunhas de acusação afirmam que a deputada orquestrou a morte do marido. À juíza Nearis, a parlamentar disse que soube de um plano para assassinar o pastor, mas negou sua participação.
Em sua defesa, a deputada afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído. Segundo ela, a mandante do assassinato foi sua filha Simone.
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