Jéssica Santos foi morta no domingo (4) em assalto dentro de um vagão da estação Sampaio, na Zona Norte do Rio
Jéssica Santos foi morta no domingo (4) em assalto dentro de um vagão da estação Sampaio, na Zona Norte do RioReprodução / TV Globo
Por O Dia
Rio - O corpo da técnica de enfermagem morta durante uma troca de tiros no interior de um trem, na Estação de Sampaio, na Zona Norte do Rio, neste domingo (4), foi sepultado no cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no final da tarde desta segunda-feira. Jéssica dos Santos Souza, de 25 anos, estava indo trabalhar como cuidadora de idosos na Tijuca quando foi atingida durante um assalto.
Segundo testemunhas, criminosos entraram no vagão que Jessica estava e anunciaram o assalto. Um policial à paisana reagiu e houve uma troca de tiros. A técnica de enfermeira foi atingida na axila e passageiros que estavam na mesma composição tentaram socorrê-la fazendo uma reanimação. Ela chegou a ser levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, mas não resistiu.
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O assalto aconteceu por volta de 7h, no trem que seguia de Japeri para a Central do Brasil. Outro homem informou ter se ferido, mas dispensou atendimento médico. Dos quatro assaltantes, dois conseguiram fugir. Outros dois foram baleados, um deles foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. O outro está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo.

Procurada pelo DIA, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar a morte de Jéssica. Dois criminosos foram presos e dois fugiram.
'Vamos estudar, vamos ajudar nosso pai', dizia a técnica
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Familiares de Jéssica estiveram na manhã desta segunda-feira (5) no Instituto Médico Legal, no Centro, para reconhecer o corpo. "A gente vê na reportagem mãe e pai chorando e não espera que um dia seja nossa hora. A gente, como mãe, quer ir primeiro. O certo é o filho enterrar os pais", desabafou a mãe Silvana dos Santos.
Jéssica era enfermeira, estudante de Assistência Social e trabalhava como cuidadora de idosos na Tijuca. Casada e evangélica, a jovem planejava trabalhar na Marinha.
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"Ela tinha sonhos. Se formou enfermeira, estava esperando a formatura. Estava tudo pago. Ela estava fazendo faculdade de Assistência Social, queria seguir a carreira militar. Ela falava para os irmãos: vamos estudar, nós vamos chegar lá, e quando chegar vamos ajudar nosso pai", disse Silvana.