Henry Borel, de 4 anos, morreu em março após sofrer 23 lesões
Henry Borel, de 4 anos, morreu em março após sofrer 23 lesõesreprodução
Por O Dia
Rio - Um mês após a morte de Henry, de 4 anos, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (8), um mandado de busca e apreensão na casa da babá do menino. Thayná de Oliveira Ferreira havia dito seu depoimento, no último dia 24, que não sabia das agressões que o vereador Dr. Jairinho cometia contra o enteado. No entanto, as investigações apontaram que, a funcionária do casal tinha conhecimento sobre a situação dentro da casa e mentiu em seu depoimento. 
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De acordo com informações divulgadas pela TV Globo, Thayná disse que esteve poucas vezes na presença de Monique, Jairinho e Henry e não passava mais de duas horas em cada ocasião e que, segundo ela "não percebeu nada de anormal”.
Provas reunidas pelos agentes indicaram que Thayná sabia de pelo menos uma agressão sofrida pelo menino, em fevereiro deste ano. Além disso, a funcionária também negou que teria visto hematomas ou sinais de espancamento no menino, o que os investigadores descobriram que também era mentira. A babá foi contratada no dia 18 de janeiro segundo ela que “costumava dar banho em Henry e nunca viu qualquer marca de violência no corpo do menino”.
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Em suas declarações a babá revelou disse que Monique entrou em contato com ela para avisar que não precisava ir trabalhar no dia 8 de março, por volta de 8h30. Ela alegou que a mãe do menino sempre demonstrava carinho com Henry.
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“Você não precisa trabalhar hoje. Henry caiu da cama. Estou em choque, perdi meu bem mais precioso”, disse em depoimento. 
A última vez que Thayná esteve no condomínio em que morava o casal foi em 5 de março, dias antes da morte do menino. Após a divulgação do caso, no dia 18, a babá recebeu um telefonema de Thalita, irmã do parlamentar, pedindo que ela fosse até a sua casa, em Bangu, para conversar com o advogado do vereador. No entanto, em depoimento, a babá disse que ao chegar na casa de Thalita, já havia um motorista aguardando para levá-la ao escritório do advogado de Jairinho junto com a empregada da casa, Rosângela.
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Ambas as funcionárias foram apresentadas ao Dr. André França Barreto que explicou sobre a intimação que receberia da polícia para prestar depoimento. Segundo ela, o advogado orientou que ela dissesse apenas a verdade e o que havia presenciado. Thayná, depois de responder as perguntas do Dr. André foi questionada se daria uma entrevista para a imprensa. Disse que aceitaria se sua imagem não fosse exposta, na sala ao lado uma equipe de TV já aguardava para conversar com a funcionária.
Sessões de tortura
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As investigações da Polícia Civil apontam que Dr. Jairinho teria praticado uma sessão de tortura contra Henry, semanas antes da morte do menino. Ainda de acordo com os agentes, o vereador agredia a criança com o conhecimento da mãe, Monique Medeiros.
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam o casal por atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe que era conivente. Na noite desta quinta, Jairinho foi levado da Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste.