Professor diz que não tem racismo no Brasil em aula online da Seeduc
Professor diz que não tem racismo no Brasil em aula online da SeeducReprodução/G1
Por O Dia
Rio - Um professor de geografia, em vídeoaula disponibilizada pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), disse que é "inadmissível pensar sobre racismo no Brasil". A aula integrava o material de ensino online disponibilizado pela pasta. Diante da repercussão negativa, a Seeduc excluiu o vídeo do aplicativo de aulas remotas. 
No vídeo publicado pelo portal G1, o professor ainda faz uma comparação do racismo no Brasil em relação à outros países.
Publicidade
"Como racismo se a gente é tão misturados assim? Nosso processo é um processo diferente da grande maioria dos países. Nós não temos uma definição étnica bem formada, não como a Espanha, por exemplo, ou como regiões, por exemplo, da própria Rússia e outros países. Nós somos um país miscigenado". 
O professor segue o vídeo justificando a ausência do preconceito racial no país devido a mistura de povos.
Publicidade
"Quando os europeus, entre outros povos, olham para o Brasil, eles olham o Brasil diferente. Diferente em quê? Nessa junção de povos. Por isso, galera, é inadmissível você pensar sobre racismo no Brasil.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) pediu desculpas pelo equívoco, esclareceu que não compactua com qualquer forma de preconceito e informou que já retirou o vídeo da plataforma. "Um novo material audiovisual, com conteúdo que condiz com a história e realidade brasileira acerca do tema, está sendo produzido e será colocado no aplicativo de educação remota Applique-se".
Publicidade
A Seeduc ainda destacou que as videoaulas, os podcasts e as orientações de estudo, que somam mais de 4 mil materiais pedagógicos, foram elaborados por profissionais da rede e estão em constante revisão e atualização.
"Toda a equipe da Secretaria reafirma seu compromisso com professores, pais e alunos por uma Educação mais justa e igualitária, e está à disposição da comunidade escolar e da sociedade civil, por diversos canais de comunicação, incluindo sua Ouvidoria, pelo telefone 2380-9055 e pelo Fala.BR".