Sede da Cedae
Sede da CedaeReprodução
Por O Dia
Rio - Moradores da Baixada e do Centro do Rio continuam compartilhando relatos de problemas de falta de água, gosto de barro e cheiro ruim. Na última semana, a Cedae realizou manutenções em diversos pontos da capital e da Região Metropolitana em busca de melhorar o serviço, mas pessoas ouvidas pelo DIA afirmaram que a integridade do líquido continua imprópria para consumo, e há lugares sem a oferta de abastecimento.
O consumidor Roberto Ximenes, que mora no bairro de Santa Teresa, no Centro do Rio, informou que está sem água há quatro dias na casa e no condomínio onde mora, e tem precisado comprar o produto para conseguir fazer suas necessidades básicas.
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“Eu moro aqui há seis anos, vira e mexe falta água, mas desse jeito assim como está essa semana é a primeira vez. Eu tenho duas caixas d’água de 2000 litros e mais três cisternas para abastecer o prédio, nós usamos todas as reservas e não houve um abastecimento. Está tudo sem água aqui, eu não consigo nem escovar os meus dentes, é engraçado que o fornecimento acaba mas a conta chega com o mesmo valor”, desabafou Roberto.
Em uma rede social, outros moradores de Santa Teresa também mencionaram estar sem acesso à água em locais como o Largo do Guimarães, Rua Monte Alegre, Rua Taylor, Rua Hermenegildo de Barros, entre outros pontos.
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Outra pessoa que tem enfrentado problemas com a água é Diana Rocha Barbosa. Ela é moradora de Marapicu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e afirmou que tanto ela quanto sua sobrinha têm precisado comprar água mineral para consumo próprio. As duas moram no mesmo quintal.
“O gosto da água que fica disponível aqui tem um cheiro ruim e um gosto de barro muito forte. Minha sobrinha está grávida de cinco meses, pelo amor de Deus, a gente não pode estar consumindo uma água dessa, minha mãe é uma idosa e meu pai também, estamos comprando água do galão para poder consumir”, disse.
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Diana disse que mora há 25 anos no bairro de Marapicu, em Nova Iguaçu, e que até o momento a Cedae não colocou um hidrômetro em sua casa e nem em nenhuma moradia na rua em que ela mora. Vale ressaltar que é de responsabilidade da companhia a instalação do material.
Na última terça (6), a companhia religou a Estação de Tratamento do Guandu, após uma manutenção feita para combater o cheiro e gosto de terra que foi identificado na época.
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Em nota, a Cedae informou que não foi identificada a matrícula para o endereço de Diana Rocha no sistema da Companhia.
Já em relação ao consumidor Roberto Ximenes, a companhia informou que uma equipe está atuando em busca de um vazamento encoberto que pode estar afetando o abastecimento na localidade. Ainda em nota, a Cedae também disse que assim que identificado o problema, os técnicos iniciarão o serviço de reparo e o abastecimento será retomado após a conclusão da manutenção.
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