Monique Medeiros, mãe de Henry, deixa a 16ª delegacia, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, seguindo para custódia
Monique Medeiros, mãe de Henry, deixa a 16ª delegacia, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, seguindo para custódiaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por Anderson Justino
Rio - Vaidosa? No dia em que soube, em tempo real, das agressões do namorado, o vereador Dr. Jairinho, contra Henry Borel, a professora Monique Medeiros, mãe do menino, demonstrou preocupação com a estética pessoal. Em um trecho do novo depoimento da babá Thayná Ferreira, que cuidava do menino, ela relata uma frase da patroa, que teria ficado chateada ao arranhar uma unha quando foi encontrar com ela e o filho. 
Tahyná contou que antes de ser toturado por Jairinho, Henry Borel o abraçou, assim que o vereador chegou no apartamento. Logo depois, o levou para o quarto. 
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Segundo os dados resgatados do celular de Monique Medeiros, pela Polícia Civil, as conversas entre a mãe do menino e Tahyná começaram por volta das 16h. As duas só se encontraram três horas depois, quando deram uma volta de carro pelo condomínio. 
Thayná disse à polícia que Monique saiu de casa para ir à academia e, logo depois, foi em um salão para fazer as unhas. Ao entrar no carro com Henry, ouviu a seguinte frase: "nossa, eu vim rápido, ainda borrei minha unha". Depois disso, Monique ouviu do filho o episódio de tortura. 
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Segundo a Polícia Civil, esse episódio foi no dia 12 de fevereiro, um dia antes de Monique levar o filho em um hospital infantil em Bangu. Lá, disse que Henry sentia dores por conta de uma queda da cama. Horas depois, viajou sozinha com Jairinho. 
O casal foi preso na semana passada pela morte do menino. O vereador é investigado pelos crimes de homicídio e tortura. A mãe de Henry Borel, segundo a polícia, foi conivente com as agressões e tentou proteger o namorado.