Há três meses, a juíza Viviane Arronenzi chegou a denunciar o ex-marido por lesão corporal e ameaças
Há três meses, a juíza Viviane Arronenzi chegou a denunciar o ex-marido por lesão corporal e ameaçasReprodução / Redes Sociais
Por O Dia
Rio - O engenheiro Paulo José Arronenzi, denunciado pelo assassinato da ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, a facadas na frente das três filhas, ficou calado durante o interrogatório no 3º Tribunal do Júri, nesta quarta-feira (14). O caso aconteceu na véspera de Natal do ano passado.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), a audiência que durou pouco mais de três horas foi marcada pela comoção de familiares e amigos da vítima. O juiz Alexandre Abrahão concluiu a fase de instrução do processo após ouvir o depoimento de oito testemunhas.
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A acusação e a defesa terão agora prazos sucessivos de cinco dias para a apresentação das alegações finais. Depois disso, o juiz vai decidir se o engenheiro deve ser levado a júri popular. Um grupo formado por nove juízas e o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, juiz Felipe Gonçalves, que presta assistência à família da vítima, acompanharam os depoimentos da plateia.
Relembre o caso
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O crime aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, quando a juíza levava as crianças para passarem o Natal com o pai. Viviane foi atacada de surpresa, quando descia do carro. Paulo desferiu múltiplas facadas no corpo e no rosto da vítima.
O engenheiro foi preso em flagrante, logo em seguida, por guardas municipais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato aconteceu porque Paulo não aceitava o fim do relacionamento e pelas “consequências financeiras do fim do casamento”.
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Ele foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado. As qualificadoras, que podem levar ao aumento da pena em caso de condenação, são feminicídio; crime praticado na presença de crianças; assassinato cometido por motivo torpe; dificuldade de defesa da vítima e o meio cruel utilizado.
A juíza Viviane Vieira do Amaral, que tinha 45 anos, integrou a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro por 15 anos. Ela atuava na 24ª Vara Cível da Capital.