Por Jenifer Alves
Rio- Uma mulher identificada como Bruna Marques Drumond foi indiciada pelo crime de estelionato após ser identificada por agentes da 21ªDP (Bonsucesso). A acusada aplicava golpes por meio de aplicativos de compra e vendas. Em sua última ação, investigada pela unidade, ela conseguiu furtar um Iphone XS Max, no valor de R$4 mil e trezentos. Na ocasião ela havia marcado de encontrar com a vítima para buscar o celular e fazer o pagamento, no entanto, ela fugiu com o celular quando a dona do aparelho saiu para comprar água.
De acordo com a unidade policial, durante as negociações, a suposta compradora ficou de realizar o depósito na conta bancária no momento da entrega do aparelho. Ao encontrar com a vítima, Bruna passou a ganhar tempo para fazer o depósito. A vendedora decidiu ir a uma padaria comprar uma garrafa de água, deixando a bolsa com alguns pertences e o aparelho celular dentro do carro da autora. Quando voltou para o local, Bruna já havia fugido com o telefone e sem efetuar o pagamento. 
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A vítima de Bruna, que preferiu não se identificar disse que a estelionatária deu o nome de Julia e disse ser dona de um hostel no Recreio, na Zona Norte do Rio. Segundo ela, a mulher havia deixado a carteira de trabalho no carro e ela levou quando foi comprar água, a partir daí, foi possível identificá-la.
"Eu estava no carro dela mostrando o celular, ela chegou a me mostrar o comprovante printado com nome e CPF, mas começou a demorar muito para cair o dinheiro. Como o dia estava muito quente, eu fui tomar uma água e deixei minha bolsa, levei só meu celular e minha identidade. Quando eu levantei para sair senti que tinha sentado em cima de algum documento e levei comigo achando que era meu. Só mais tarde notei que era a carteira de trabalho dela. Na hora atravessei a rua para comprar água e quando voltei ela já não estava mais, o guardador de carro disse que ela pulou para o banco da frente e saiu correndo", conta
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Segundo o Delegado Titular da 21ª DP (Bonsucesso), Hilton Alonso, a indiciada Bruna Marques Drumond visava apenas Iphones por seu alto valor de mercado e convencia as vítimas da intenção de comprar os aparelhos anunciados por meio de transações agendadas.
"Ela procurava pessoas vendendo Iphone, entrava em contato e começava as negociações. Encontrava a vítima e mandava um comprovante de DOC agendado para dias a frente. Com o comprovante na mão, quem estava fazendo a venda acreditava e entregava o celular, depois ela cancelava o agendamento e a pessoa ficava sem o dinheiro", explica o delegado.
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Segundo a unidade, outro caso ocorrido em janeiro de 2020 no Município de Cabo Frio também foi identificado. Na ocasião, a vítima foi enganada quando a autora lhe enviou um print de pagamento por seu celular anunciado. Contudo, o documento havia sido alterado e se tratava de um simples agendamento de pagamento, o qual foi posteriormente cancelado.

A autora também responde a outro Inquérito Policial ocorrido no Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A mulher se passou por outra pessoa, usando o nome "Rafaella" e se encontrou com a vendedora de um aparelho celular. Bruna realizou um falso DOC para a vítima que não percebeu que se tratava apenas de um agendamento de pagamento. Ao ser questionada por telefone, a autora alegou que compensaria na segunda, passado o dia, enviou um recibo de DOC que nunca foi creditado na conta da vítima e em seguida bloqueou o contato da vendedora. O mesmo golpe foi aplicado em outra vítima vendendo o mesmo aparelho, via plataforma de compra e vendas no Bairro de Campo Grande.
O delegado da unidade alerta a população para o risco de cair em golpes do tipo.
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"Ao fazer uma transação desse gênero, só passar o produto para frente depois de já ter recebido o dinheiro em conta e não acreditar apenas em comprovantes", explicou.