"Começamos a nos deparar com algumas coisas mais inusitadas, como empresas que instalam GNV em veículos, desmanches de vans, onde eles pegam peças de vans de outros segmentos que são roubadas e usam para manutenção da frota que circula na Zona Oeste do Rio", disse Curi.
O delegado ainda citou outras novas atividades que os paramilitares cometem para aumentar sua fonte de renda.
"Eles também têm fábrica clandestina de bebidas, onde falsificam e adulteram, depois vendem nos estabelecimentos da área da milícia, nos bares e restaurantes, que são obrigados a comprar com eles e ainda tem que pagar a taxa de segurança para funcionar. A milícia também está se aproveitando de venda de cigarros clandestinos, eles contrabandeiam e colocam para vender nos locais que exploram", explicou.
"Claro que é importante prender. Mas não adianta você só tirar essas pessoas de circulação, e deixar o cara com dinheiro, a organização continuar a pleno vapor com sua atividade financeira, temos que bater onde ele ganha dinheiro, eles trabalham como uma empresa", falou o diretor do DGPE.
Outro grande prejuízo foi dado com a apreensão de 620 unidades de TV Box. "Além de vender os aparelhos, que são pontos de TV a cabo, eles ainda lucravam com a mensalidade cobrada ilegalmente para se ter acesso ao conteúdo dos canais fechados. Só essas apreensões geraram um prejuízo para a milícia de cerca de R$ 800 milhões", garantiu Felipe Curi.
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