Rio de Janeiro 21/04/2021 - A nova fase do ensino presencial na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro começou nesta quarta-feira, com mais 301 escolas e novos anos letivos - 3º ano, 4º ano, 5º ano e 6º Ano Carioca. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 21/04/2021 - A nova fase do ensino presencial na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro começou nesta quarta-feira, com mais 301 escolas e novos anos letivos - 3º ano, 4º ano, 5º ano e 6º Ano Carioca. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por Jorge Costa*
Rio - Após a decisão de retorno das aulas presenciais anunciada nesta quarta (21) pela Secretaria Municipal de Educação (SME) para alunos do 3° até o 6° ano, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) anunciou que mantém a orientação de greve para os profissionais da rede de ensino que tenham voltado ao antigo modelo de aprendizagem até que os trabalhadores do segmento estejam vacinados.

Na segunda (19), o sindicato divulgou um relatório informando a situação de 62 escolas do município. Em algumas unidades foram feitos registros de profissionais da educação contaminados por covid-19, enquanto outras tiveram a identificação de problemas na infraestrutura.

A nova fase das voltas às aulas presenciais contempla alunos do 3° até o 6° ano. A expectativa é que 33 mil alunos voltem às escolas do município neste primeiro dia, mas o retorno ficará disponível para até 288 mil estudantes, caso todos os alunos decidam retornar. No total, 783 unidades da rede municipal retornarão às aulas na capital.

De acordo com Duda Quiroga, que atua na Secretaria de Assuntos Educacionais (SAE) do sindicato, é preciso que haja um controle das taxas de transmissão da cidade para que o retorno seja feito de maneira segura. Ela também apontou que existem riscos a alunos e trabalhadores por influência das lotações no transporte público.

"Considerando a mobilidade urbana, você joga muito mais gente para circular nas ruas e o transporte coletivo já está superlotado, por isso continuamos defendendo a greve pela vida até que tenhamos condições necessárias para o retorno, a vacinação e estrutura possível nas escolas", disse.

O coordenador geral do Sepe, Gustavo Miranda, também afirmou que a vacinação da categoria deveria ser feita como uma medida anterior ao retorno das aulas, visto que o acesso ao imunizante pela classe já é uma possibilidade.

"O Sepe é contrário à reabertura das escolas neste momento, pois coloca em risco a comunidade escolar em geral. Nesse cenário em que a vacina é uma realidade, era possível aguardar a vacinação dos profissionais de educação, ou, no mínimo, imunizar antes os trabalhadores que fossem retornar ao ensino presencial, isso poderia ter sido uma política adotada pela prefeitura", afirmou.

O que diz a prefeitura sobre a volta às aulas
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que não há comprovação de caso de contágio de nenhum aluno ou profissional de educação dentro de unidades escolares municipais.

O órgão também mencionou que as escolas selecionadas para o retorno ao ensino presencial não possuem problemas estruturais, e que, para receber os alunos, as unidades precisaram cumprir os itens do protocolo sanitário que estabelece diversos pontos como: marcação do piso; distanciamento de 1,5m entre as carteiras; instalações de torres ou dispensadores de álcool 70º em gel no prédio ou funcionário aplicando álcool 70º na mão dos alunos; estoque de máscaras para eventual reposição; lixeiras sem tampa ou por acionamento por pedal; sistema de ventilação nas salas de aula que serão utilizadas (janelas ou portas abertas preferencialmente); sanitários e torneiras que serão utilizados em condições adequadas; dispensadores de papel toalha e sabonete líquido; bebedouros adaptados com torneira para enchimento de copos e garrafas, entre outros.

A SME informou ainda que o retorno presencial "é opcional e pais e responsáveis decidem se levarão os filhos. Quem preferir, pode estudar pelo modo remoto, podendo assistir aulas pela TV, pelo aplicativo Rioeduca em Casa ou pelo material escolar impresso".
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*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes