Polícia civil prende integrante de milícia da comunidade da Chacrinha, na Praça Seca
Polícia civil prende integrante de milícia da comunidade da Chacrinha, na Praça SecaDivulgação
Por O Dia
Rio - Policiais da 28ª DP (Campinho) prenderam em flagrante, nesta quarta-feira (21), o colombiano Luis Edwin Dávila Lis, de 22 anos, suspeito de integrar a milícia da comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Agentes localizaram o criminoso após cruzamento de dados de inteligência.
Conhecido como 'Colombiano', o miliciano foi preso ao ser flagrado recolhendo dinheiro de comerciantes oriundos de taxas extorsivas praticadas pelo grupo que atua de maneira opressora na região. Com ele foi apreendido um caderno com os locais de cobrança e R$ 1.700 que havia recolhido na comunidade.
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Luis Edwin Dávila responderá pelo crime de Constituição de Milícia Privada.
Praça Seca se torna palco de guerra entre milicianos e traficantes
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O bairro da Praça Seca e as comunidades ao seu entorno são dominadas por intensas disputas territoriais entre milicianos e traficantes. O conflito mais recente acontece no último domingo (18), quando os moradores da comunidade da Barão foram acordados ao som de um intenso tiroteio. Um morador que passava pela Rua Doutor Bernardino no momento dos tiros foi atingido de raspão na cabeça.
A Polícia Militar foi acionada e, chegando ao local, os policiais encontraram o homem ferido e consciente. A vítima foi socorrida pela equipe da PM para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e em seguida foram à 28ª DP (Campinho), para registro de ocorrência.
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Praça Seca sofreu 11 dias seguidos de tiroteios em março
Um mapeamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que a região da Praça Seca foi uma das mais afetadas pela violência armada no mês de março. O bairro sofreu com 11 dias consecutivos de tiroteios, entre os dias 9 e 19. A plataforma mapeou 37 tiroteios/disparos de arma de fogo no local, sendo 33 deles no Morro do Barão, dois na favela do Bateau Mouche, um na Favela da Chacrinha e um fora de favelas da região.
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O Instituto também mapeou, no mesmo mês, 582 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio, dos quais em 179 (31%) deles houve participação de agentes de segurança pública. O número de tiroteios foi 30% maior que o acumulado no mesmo período de 2020, quando aconteceram 446 registros. Também houve aumento de 40% nas trocas de tiros com participação de agentes de segurança. Em março do ano passado, foram 128.

Em comparação com fevereiro de 2021, que registrou 380 tiroteios/disparos de arma de fogo, o aumento foi de 53% em março. Mas, houve queda de 5% no número de mortos. Enquanto fevereiro deste ano teve 94 mortes, das 200 pessoas baleadas em março, 89 morreram e 111 ficaram feridas. Comparando com março de 2020, que teve 54 mortes e 92 feridos, o aumento no número de mortos foi de 65% e 21% na quantidade de feridos.