Publicado 05/04/2021 07:27 | Atualizado 06/04/2021 10:18
Rio - O Setor de transportes entrou com um pedido de ajuda ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante reunião com autoridades da Frente Nacional de Prefeitos. Segundo eles, cidades de todo o país relatam impossibilidade de sustentar a circulação de ônibus diante do atual cenário econômico. Empresas em todos os estados, inclusive no Rio de Janeiro, estão anunciando entrega de concessões por falta de atendimento aos pedidos de socorro feitos ao longo de um ano pelos operadores do serviço essencial.
Assim como a capital fluminense, municípios do país inteiro estão com dificuldades de manter a linearidade de frotas e linhas nas ruas. Com a queda de metade dos passageiros, as contas para pagar salários, manutenção e combustível não fecham mais.
Durante o encontro virtual, foi explicado ao senador que as tarifas não conseguem mais pagar o sistema. Foi defendida junto a Rodrigo Pacheco, a necessidade de ajuda emergencial para resolver o desequilíbrio contratual entre oferta e demanda a partir dos impactos gerados pela pandemia.
Para o Rio Ônibus, não falta empenho por parte das empresas em atender a população com ônibus nas ruas. Segundo o órgão, os consórcios cariocas funcionam dentro de suas possibilidades operacionais, mesmo diante de dificuldades já relatadas ao poder concedente.
"Há mais de um ano expomos insistentemente as dificuldades do transporte rodoviário urbano. É preciso que se compreenda que o transporte é vital, essencial à população, e precisa ser amparado, assim como tantos outros segmentos da economia. Sem a participação efetiva dos governos neste momento extremo de atenção, o cidadão deverá continuar sentindo queda na qualidade do serviço", explica o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.
Assim como a capital fluminense, municípios do país inteiro estão com dificuldades de manter a linearidade de frotas e linhas nas ruas. Com a queda de metade dos passageiros, as contas para pagar salários, manutenção e combustível não fecham mais.
Durante o encontro virtual, foi explicado ao senador que as tarifas não conseguem mais pagar o sistema. Foi defendida junto a Rodrigo Pacheco, a necessidade de ajuda emergencial para resolver o desequilíbrio contratual entre oferta e demanda a partir dos impactos gerados pela pandemia.
Para o Rio Ônibus, não falta empenho por parte das empresas em atender a população com ônibus nas ruas. Segundo o órgão, os consórcios cariocas funcionam dentro de suas possibilidades operacionais, mesmo diante de dificuldades já relatadas ao poder concedente.
"Há mais de um ano expomos insistentemente as dificuldades do transporte rodoviário urbano. É preciso que se compreenda que o transporte é vital, essencial à população, e precisa ser amparado, assim como tantos outros segmentos da economia. Sem a participação efetiva dos governos neste momento extremo de atenção, o cidadão deverá continuar sentindo queda na qualidade do serviço", explica o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.
Em nota enviado ao O DIA, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro (SMTR) afirma que o transporte público foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. Segundo eles, houve uma queda acentuada na demanda de passageiros, o que ocasionou um enorme desequilíbrio orçamentário do setor.
"Neste contexto, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro considera o auxílio emergencial proposto pelo Projeto de Lei 3364/2020 fundamental para recuperação do transporte público, a fim de garantir a circulação dos ônibus na cidade, reequilibrar os contratos com as concessionárias e criar estímulos que possibilitem aumento da oferta e redução de lotação no transporte público".
Prejuízos
Até este domingo (4), a SuperVia acumulou uma perda financeira de mais de R$ 485 milhões, resultado da redução de mais de 89 milhões de passageiros. Além da baixa demanda, o aumento da violência e a degradação social ao longo do sistema ferroviário têm gerado forte impacto na operação, principalmente com relação aos casos de furtos de cabos e equipamentos de transmissão da rede elétrica, tiroteios e vandalismos, que paralisam ou atrasam as viagens.
Atualmente, a SuperVia transporta cerca de 320 mil clientes por dia, pouco mais da metade do que era registrado antes da pandemia. A expectativa da concessionária é que o movimento de passageiros volte ao normal apenas em 2023, em função do prolongamento da crise econômica e da pandemia.
"A concessionária, assim como os demais modais de transporte do Rio de Janeiro, depende basicamente da venda das passagens para manter a operação dos trens e não conta com qualquer subsídio do governo. Mesmo com a baixa demanda de passageiros, a empresa tem gastos fixos para seguir com a operação, a manutenção de trens, estações e da estrutura ferroviária. Além disso, a concessionária assumiu custos adicionais com uma limpeza especial de trens e estações para contribuir com a prevenção do coronavírus", disse a SuperVia, por meio de nota.
A concessionária defende que, a partir dessa crise, seja feita uma reestruturação do transporte de passageiros, com a criação de uma Autoridade Metropolitana, para organizar o sistema e garantir maior racionalidade para o cliente e saúde financeira para as empresas.
A concessionária defende que, a partir dessa crise, seja feita uma reestruturação do transporte de passageiros, com a criação de uma Autoridade Metropolitana, para organizar o sistema e garantir maior racionalidade para o cliente e saúde financeira para as empresas.
Desde o início da pandemia, o MetrôRio disse que já acumula perdas de mais de R$ 600 milhões. Com as ações de isolamento, entre março e maio de 2020, a concessionária chegou a registrar redução de 80% a 90% no número de passageiros. No período anterior à pandemia, a empresa transportava, em média, 900 mil passageiros por dia. Atualmente, a redução ainda é de 55%.
"Esta é a maior crise da história do transporte e não há perspectivas de aumento no volume de passageiros no curto prazo, por conta do agravamento da pandemia", afirmou a concessionária.
O MetrôRio explica que os custos são suportados exclusivamente pela receita tarifária e defende a discussão de novas fontes de financiamento para o transporte público, incluindo subsídio governamental, como já acontece em outros países e cidades brasileiras, a fim de que as despesas não sejam repassadas a seus clientes e a operação se mantenha viável.
"Apesar das dificuldades, a concessionária ressalta que mantém nos horários de pico os mesmos intervalos praticados no período pré-pandemia, com oferta máxima da frota, apesar da redução da demanda diária de passageiros. A operação segue em pleno funcionamento tanto na Linha 4 quanto nas linhas 1 e 2, em horário regular e com todas as estações abertas".
A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) informou que desde o início da pandemia da covid-19 houve redução no número de passageiros do sistema do VLT. "O número de pessoas usando o serviço diariamente caiu 50% com o esvaziamento dos escritórios do Centro. Com as últimas medidas de proteção à vida adotadas pela Prefeitura do Rio esse percentual deve se manter ou crescer no próximo balanço. Apesar disso, o serviço manteve o padrão com o mesmo intervalo das composições entre 6h e meia-noite".
E reportagem do O DIA procurou outros modais de transporte como, a CCR Barcas e BRT, para falar sobre o assunto, mas até o momento não obteve respostas.
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