Publicado 05/04/2021 13:49 | Atualizado 05/04/2021 14:33
Rio - O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) disse, nesta segunda-feira (5), que pretende estender o pedido de suspensão de aulas presenciais para outro municípios do Rio. Por conta da ação popular assinada por vereadores do Rio e deputados estaduais, a Justiça cancelou o retorno das aulas presenciais no município do Rio, que estava marcada para esta semana.
A decisão pegou muita gente de surpresa, principalmente pais, alunos e funcionários de escolas particulares. Em Botafogo, por exemplo, algumas escolas chegaram a receber os estudantes, mas tiveram que acatar a decisão da justiça e cancelar as aulas.
"Municípios com risco alto ou muito alto não podem retomar as atividades presenciais. Ainda que seja muito importante restaurar as atividades educacionais, mas não colocando sob risco a vida de estudantes, profissionais da educação e seus familiares", explicou o parlamentar.
O secretário de Educação do Rio disse que a prefeitura pretende recorrer da decisão.
Em nota, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) enfatiza que a decisão do juiz Roberto Câmara Lace Brandão de suspender as aulas presenciais é válida para todos os profissionais da categoria, tanto da rede municipal quanto da rede privada. O Sepe orienta os profissionais a informarem seus locais de trabalho que as escolas devem se manter fechadas, sem ensino presencial.
O Sepe já havia se manifestado contra a reabertura das escolas municipais nesta segunda-feira, em post publicado no Facebook do sindicato, na última quinta-feira (1). No mesmo dia, a organização se reuniu com vereadores do Rio para discutir formas de impedir a volta das aulas presenciais. Nesta reunião, se formalizou a ação popular apresentada pelos parlamentares à Justiça.
Por fim, o Sepe reafirma que as aulas remotas devem continuar, de acordo com a decisão tomada pela categoria, em assembleia realizada no dia 30 de março.
"Esperamos, no entanto, que antes de buscar derrubar essa liminar, a SME RJ [Secretaria Municipal de Educação do Rio] e a própria prefeitura reabram a discussão com o Sepe e vereadores, em busca de um consenso em que a vida de toda a comunidade escolar, antes de tudo, seja respeitada", finaliza o sindicato.
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