Publicado 24/04/2021 17:27
Rio - A revolta tomou conta do país quando as primeiras pistas sobre a morte do menino Henry Borel começaram a ser descortinadas pela polícia, ainda em março. O menino de quatro anos morreu após ter sido vítima de agressões contínuas do padrasto, Dr. Jairinho, com conivência da mãe, Monique Medeiros, segundo suspeitas da Polícia Civil. Neste sábado (24), outra triste notícia em um caso igualmente macabro: a menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de seis anos, morreu, após cinco dias internada em estado grave. Ela foi parar no hospital depois de viver um fim de semana de terror ao ser brutalmente agredida pela mãe e pela madrasta em Porto Real, Sul do estado.
Ketelen Vitória estava internada em um hospital particular de Resende, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A informação foi confirmada pela prefeitura de Porto Real que teve acesso ao boletim médico. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Resende. De acordo com o informe, nas últimas 24 horas ela sofreu deterioração das funções vitais, apresentando hipotermia, hipotensão arterial, diminuição urinária e alteração laboratorial.
Na última segunda-feira (19), a menina foi levada para o Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, após viver um fim de semana de terror ao ser agredida pela própria mãe, Gilmara Oliveira, e por Brena Luane Barbosa, a companheira. Na unidade, depois de uma tomografia, foi constatada uma lesão neurológica muito grave.
A mãe de Brena contou que o "estopim" para a sessão de tortura foi a criança ter aberto duas caixas de leite. A mãe da menina chegou a corrigir a filha. Mas Brena, companheira dela, começou a agredir de forma descontrolada no último dia 16. Brena usava um cabo de fibra óptica para bater na menina, além de ter dado chutes e batido a criança contra a parede. Ela teria sido agredida durante três dias.
Gilmara, de 28 anos, e a namorada, Brena, de 25 anos, tiveram a prisão preventiva decretada nesta semana. Inicialmente, elas foram presas por crime de tortura e foram transferidas na sexta-feira (23) da Cadeia Pública Franz de Castro, em Volta Redonda, para o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu.
Caso Henry: defesa de Jairinho avalia pedir exumação do corpo
A nova defesa do vereador Dr. Jairinho avalia a possibilidade de pedir a exumação do corpo do menino Henry. Para o advogado Brás Santana, que assumiu o caso no dia 19, o trabalho dos peritos não foi bem feito e o objetivo é que seja feito um novo laudo necroscópico. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Em entrevista, Santana afirmou que vai questionar a qualidade das provas técnicas apresentadas pela Polícia Civil, por acreditar que houve falhas na reprodução simulada da morte do menino. O exame pericial foi realizado no dia 1º de abril, no apartamento onde Jairinho morava com Monique Medeiros, mãe do menino, e a criança, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Em entrevista, Santana afirmou que vai questionar a qualidade das provas técnicas apresentadas pela Polícia Civil, por acreditar que houve falhas na reprodução simulada da morte do menino. O exame pericial foi realizado no dia 1º de abril, no apartamento onde Jairinho morava com Monique Medeiros, mãe do menino, e a criança, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O advogado ainda disse que aguarda o inquérito policial ser finalizado e a denúncia ser apresentada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) para se manifestar com mais clareza sobre o caso e as estratégias da defesa.
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