Ônibus parados na garagem da Viação Acari
Ônibus parados na garagem da Viação AcariReprodução/TV Globo
Por O Dia
Rio - O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, enviou, nesta terça-feira à Câmara dos Vereadores, um ofício onde solicita que seja realizada com urgência, uma audiência pública com a finalidade de saber a real situação em que se encontra o sistema de transporte público rodoviário do Rio.
Sebastião pede ainda que sejam convidados representantes de consórcios, empresas, sociedade civil e ministério público, além do secretário municipal de transportes. 
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Cerca de 600 profissionais da Viação Acari entre motoristas, cobradores, mecânicos, despachantes e funcionários da administração, são aguardados nesta quarta-feira (5) às 10h, na sede esportiva do Sindicato dos Rodoviários, em Rocha Miranda, para participarem da assembleia convocada.
No encontro, será discutido o pagamento dos salários atrasados, cesta básica, 13° e ticket alimentação; além de uma proposta que será encaminhada pela empresa e posta em votação na plenária.
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De acordo com Sebastião, a crise financeira que atinge o sistema de transportes, está deixando os trabalhadores rodoviários "em pânico".
"Para se ter uma ideia, nos últimos dez anos foram perdidos mais de 20 mil empregos. Só durante a pandemia foram cerca de 7 mil demissões. Precisamos com urgência de ajuda, seja do Poder Público ou do Judiciário para que a categoria tenha melhores condições de trabalho e a população possa contar com um transporte signo", disse.
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Ele ainda explicou que o fechamento da Viação Acari, segundo o contrato de concessão pública, não deveria prejudicar os usuários, já que a obrigação de colocar as linhas para funcionar é dos consórcios e não das empresas. 
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, usou seu perfil oficial no Twitter nesta segunda-feira (3) para falar sobre a situação da Aviação Acari. Segundo ele, foi determinado aos Consórcios Intersul e Internorte que outras empresas assumissem as linhas e caso isso não aconteça imediatamente, "vamos decretar a caducidade das concessões e realizar nova licitação para definir novos operadores para essas linhas".
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Paes disse ainda que já está estudando a colocação de operadores de forma emergencial. "Se os consórcios não tem condições de operar as linhas é melhor que desistam da concessão, simplificando a ação da prefeitura e o atendimento a população", finalizou.