Geral - Reuniao com prefeito e secretarios para divulgaçao do boletim epidemiologico, no Centro de Operaçoes Rio (COR), na Cidade Nova, centro do Rio. Na foto, secretario municipal de saude, Daniel Soranz.
Geral - Reuniao com prefeito e secretarios para divulgaçao do boletim epidemiologico, no Centro de Operaçoes Rio (COR), na Cidade Nova, centro do Rio. Na foto, secretario municipal de saude, Daniel Soranz.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio- As comissões de Finanças e de Saúde da Câmara do Rio receberam nesta terça (11) o atual secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Segundo os dados apresentados, houve uma redução da oferta e a perda da qualidade na prestação de serviços públicos à população carioca durante a última gestão da Prefeitura do Rio. Em 2020, com a pandemia da covid-19, a produção ambulatorial na Rede SUS, considerando apenas a rede municipal, registrou 29,2 milhões de atendimentos, contra mais de 60 milhões em 2016. 

De acordo com o secretário Soranz, em 2019 foram 35,6 milhões de atendimentos. O gestor citou ainda a queda do volume de procedimentos nos hospitais, de 1,9 milhão no primeiro quadrimestre de 2016 para 1,2 milhão no primeiro quadrimestre de 2020.  

Nos centros de saúde, unidades básicas de saúde, postos de saúde e unidades mistas, o volume de procedimentos foi de 14 milhões no primeiro quadrimestre de 2016 para 1,6 milhão no 1º quadrimestre de 2020. “A crise na saúde vem de antes da pandemia da covid-19. A queda é expressiva na prestação de serviço adequado à população”, avaliou Soranz.

O secretário municipal de saúde apresentou também auditorias que ainda estão em andamento. Entre elas, o acompanhamento da execução orçamentária e financeira das ações de enfrentamento da pandemia, de março a dezembro de 2020, e as aquisições feitas para o combate da doença, de fevereiro a julho de 2020, pela Secretaria Municipal de Saúde e pela RioSaúde. O objetivo é verificar a economicidade destas aquisições.

Vereadores discutiram contratação de OSs

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara do Rio, Paulo Pinheiro (PSOL) mostrou-se preocupado com a empresa pública RioSaúde que, segundo ele, está sendo trocada pelas Organizações Sociais de Saúde (OSs) no comando e na gestão do setor da cidade do Rio, em especial na Atenção Primária, e questionou a presença da OS Viva Rio, desqualificada pela gestão municipal anterior.
"Precisamos entender e obter informações sobre a situação, pois a organização está atuando pendurada em uma liminar da Justiça", ressaltou.

Apesar do questionamento, Daniel Soranz afirmou que não há denúncia de irregularidades ou corrupção em relação à OS Viva Rio. "A organização foi desqualificada pelo governo Crivella, mas argumentou na Justiça que os problemas registrados no pagamento de salários e na prestação de serviços deveu-se aos atrasos constantes da Prefeitura do Rio à instituição", explicou o secretário.
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