A professora Monique Medeiros: foto para a ficha criminalReprodução
Por Thuany Dossares
Publicado 06/05/2021 18:10
Rio - A esperança de Monique Medeiros em ser ouvida novamente antes do julgamento da morte de seu filho, Henry Borel, acabou nesta quinta-feira. Durante coletiva de imprensa, o promotor do Ministério Público do Ri (MPRJ), Marcos Cak, afirmou que não irá pedir novas diligências para a Polícia Civil.
O órgão de acusação ofereceu denúncia à justiça sobre o caso que investiga a morte do menino, nesta sexta-feira, pedindo que as prisões temporárias de Monique e do vereador Doutor Jairinho, sejam convertidas em preventivas.
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"Ela vai ter toda chance de se defender no curso do processo. A Monique prestou um substancioso depoimento de longas horas perante a polícia. Ela vai ter duas oportunidades de ser interrogada. A primeira oportunidade, na fase de instrução do júri, vai ser interrogada ao término da colheita de provas. A segunda oportunidade já em plenário de julgamento, perante o corpo de jurados. Então ela vai ter toda oportunidade do mundo, fora a defesa técnica que vai apresentar as peças necessárias pro processo", declarou o promotor.
Em cartas escritas na cadeia, Monique afirmava que estava sendo coagida por Jairinho a mentir em depoimento e pedia que a polícia uma nova oportunidade de contar sua versão da morte de seu filho. Entretanto, para Kac, elementos no inquérito policial contradizem as palavras da agora ré.
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"Neste momento, nós não vislumbramos absolutamente nada que relacionasse a qualquer coação, algo que mostrasse que ela estava sofrendo algum tipo de coação. Pelo contrário, nós vimos, e isso está provado no curso das investigações, ela coagindo testemunhas para alterarem depoimentos, e tomando a frente de várias ações que iam embaraçar as investigações. Não me parece, ao longo de 25 anos de experiência no MP, que esse seja o papel de uma pessoa ameaçada ou coagida. Fora que ela permaneceu ao tempo todo próxima do co-reu (Jairinho) e quando quis esteve ausente", afirmou.
O promotor encara as cartas como uma estratégia da defesa, mas que não foram suficientes para fazer com que o Ministério Público e a Polícia Civil a ouvissem novamente.
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"Ela vai ter como provar o que está alegando (nas cartas). São teses defensivas que não competem neste momento. O Ministério Público e a Polícia Civil são partes que produziram provas. O inquérito policial, ele não é dialético no Brasil, ele é inquisitivo e não permite produção de provas por parte da defesa. Na justiça a história muda, você deixa de ter a inquisição e tem a dialética no processo. Isso tudo vai ser avaliado no momento apropriado", esclareceu Marcos Cak.
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