Publicado 31/05/2021 13:30 | Atualizado 31/05/2021 15:07
Rio - Após 14 anos de brigas na justiça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu quem fica com a herança de Rene Senna, o vencedor da Mega-Sena morto pela própria companheira, em 2007. De acordo com a decisão da corte, a quantia de R$ 120 milhões do lavrador irá ser dividida entre a filha e os irmãos da vítima.
A decisão mantém o que a 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio já havia decidido em 2018 . À época, foi anulado o testamento em que Renê deixava toda sua fortuna para a ex-mulher e responsável por orquestrar sua morte, Adriana Ferreira de Almeida. Para o Supremo, Renê foi manipulado a assinar o acordo que dava todos seus bens a Adriana. Contudo, antes disso, ele já havia feito testamento onde deixava os bens para filha e os irmãos.
O lavrador venceu sozinho a Mega-Sena em 2007 e ganhou o prêmio de R$ 52 milhões. Ariana foi condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão pela morte de Renê. A última tentativa dela de ficar com a herança deixada pelo lavrador foi negada no último dia 11 de maio pelo STF.
A filha do lavrador deve receber valor estimado em R$ 120 milhões, 50% do valor obtido pela justiça com a venda dos bens de Renê. Já os irmãos, deverão dividir a outra metade de igual valor.
O caso
Renê foi assassinado em 7 de dezembro de 2007, dois anos após ter ganhado o prêmio de R$ 52 milhões. Ele estava em um bar de Rio Bonito, quando foi morto a tiros por dois homens de moto. As investigações apontaram que os executores foram dois ex-seguranças do ex-lavrador e que teriam sido contratados por Adriana. Eles foram condenados a 18 anos de prisão, em 2009.
No julgamento, a viúva, 25 anos mais jovem que Renné, admitiu que tinha um amante e estava com ele, fora da cidade, no dia do crime.
No julgamento, a viúva, 25 anos mais jovem que Renné, admitiu que tinha um amante e estava com ele, fora da cidade, no dia do crime.
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